Regime volta a atribuir interrupção no fornecimento de energia à sabotagem em usina hidrelétrica. Blecaute afeta maior parte do país. Pedestre passa ao lado de metrô fechado em Caracas, durante apagão nesta terça-feira (26)
Yuri Cortez/AFP
O governo venezuelano suspendeu nesta terça-feira (26) o dia de trabalho e as aulas nas escolas por 24 horas em consequência de um novo apagão que afeta a maior parte do país desde segunda-feira (25).
“Governo Nacional decidiu a suspensão por 24 horas das atividades trabalhistas e educativas em todo o país”, anunciou o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez.
Uma falha elétrica foi registrada na segunda-feira às 13h22 do horário local (14h22 de Brasília), 18 dias depois do maior apagão na história da Venezuela. Nessa ocasião, o governo também suspendeu a jornada de trabalho e as aulas durante uma semana.
Prédio da Assembleia Nacional é evacuado nesta segunda-feira (25) depois de apagão em Caracas
Yuri Cortez/AFP
Rodríguez afirmou na segunda-feira que o corte foi provocado mais uma vez por um “ataque” contra a central hidrelétrica de Guri, no estado de Bolívar, sul do país, que gera 80% da energia consumida no país de 30 milhões de habitantes.
De acordo com o governo, o apagão de 7 de março foi provocado pro “ciberataques” dos Estados Unidos em cumplicidade com a oposição.
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“Vamos derrotar esta guerra elétrica com a força imensa que, como povo, acumulamos em nossa luta contra impérios grosseiros e seus lacaios locais”, afirmou o ministro nesta terça-feira.
A oposição e especialistas do setor atribuem as falhas – algo comum no interior há uma década – à falta de investimento em infraestrutura e aos casos milionários de corrupção.