O Itamaraty, através da embaixada do Brasil em Montevidéu, no Uruguai, censurou a exibição do filme “Chico: Artista Brasileiro”, de Miguel Faria, no Festival Cine de Brasil 2019, a ser realizado em outubro no país. A embaixada, uma das patrocinadoras do festival, avisou aos produtores do evento que o filme, que narra a trajetória musical de Chico nos últimos 50 anos, estava proibido de integrar a mostra.
O cantor, compositor e escritor, Chico Buarque, foi um dos artistas mais censurados no auge da ditadura militar, que durou de 1964 até 1985. O próprio Chico diz, em um documentário sobre a sua vida: “a ditadura me encheu muito o saco, mas eu também enchi o saco da ditadura.
Chico chegou a dar um drible da vaca nos censores quando, em 1974, lançou o fictício compositor Julinho de Adelaide, uma espécie de heterônimo para assinar três de suas canções: “Jorge Maravilha”, “Acorda Amor” e “Milagre Brasileiro”. As músicas, que se fossem assinadas pelo Chico seriam censuradas, passaram sem problemas.
O fato gerou a obrigação, a partir de então a obrigação de cada letra ir para os censores acompanhada da cópia do RG dos autores.
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