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Ataque aconteceu neste domingo (19) e foi um dos mais letais contra as forças fiéis ao presidente Abd Rabbo Mansur Hadi. Mais de 100 pessoas morreram em um ataque com míssil lançado neste sábado por rebeldes huthis contra uma mesquita na província de Marib, no Iêmen – informaram fontes médicas e militares neste domingo (19).
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Esta foi uma das ofensivas mais letais contra as forças fiéis ao presidente Abd Rabbo Mansur Hadi desde o início do conflito, em 2014. Os huthis ocupam a capital, Sanaa, desde o referido ano.
“Condenamos nos termos mais duros o ataque terrorista de uma mesquita pelas milícias huthis (…) que deixou mais de 100 mortos e dezenas de feridos”, tuitou o Ministério iemenita das Relações Exteriores, atualizando o número de vítimas.
O ataque acontece depois de meses de desescalada no conflito, em que, há mais de cinco anos, rebeldes huthis (apoiados pelo Irã) e o governo reconhecido pela comunidade internacional (apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita) se enfrentam.
O ataque foi cometido após uma ofensiva das tropas pró-governo contra os rebeldes na zona de Naham, ao norte de Sanaa, que contou com o apoio militar da coalizão liderada pela Arábia Saudita.
O alvo foi uma mesquita localizada no campo militar de Marib, durante a oração do anoitecer, informaram fontes militares. As vítimas foram levadas para o hospital de Marib, principal cidade da província de mesmo nome, relataram fontes médicas ouvidas pela AFP.
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O balanço anterior era de 83 mortos e 148 feridos entre os militares.
O presidente iemenita acusou os huthis pelo ataque, que classificou de “covarde e terrorista”, segundo a imprensa oficial: “As ações vergonhosas da milícia huthi mostram sua recusa a alcançar a paz, porque entende apenas de morte e destruição e é o instrumento iraniano barato na região.”
O presidente convocou uma alteração no “grau de vigilância” das forças leais ao governo. Os rebeldes huthis não reivindicaram a autoria do ataque.
Em uma nota, o enviado da ONU ao Iêmen, Martin Griffiths, pediu às partes envolvidas que “dirijam sua energia para longe do front militar, rumo à política”. “Os avanços arduamente conquistados pela desescalada são muito frágeis. Tais atos podem descarrilar esse progresso”, completou.
Dezenas de milhares de pessoas, a maioria civis, já morreram no conflito no Iêmen desde 2015. Apesar de seus esforços, as Nações Unidas têm dificuldade em implementar um processo de paz naquele país.
Um acordo assinado em 2018 na Suécia, mediado pela ONU, levou a uma desescalada na cidade portuária estratégica de Hoddeida, mas nem todas as suas cláusulas foram respeitadas.
Ainda assim, Griffiths constatou que, até o ataque de ontem, o Iêmen viveu um período de redução das atividades militares.
Cerca de 3,3 milhões de pessoas permanecem como refugiados internos e 24,1 milhões – dois terços da população – necessitam de assistência, segundo a ONU, que classifica o conflito no Iêmen como pior crise humanitária do planeta na atualidade.
Iêmen
Igor Estrella/G1

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