[ad_1]


Bases no Iraque foram atacadas na noite desta terça-feira (7) por mísseis iranianos. Apesar da tensão, brasileiras afirmam que suas rotinas não foram alteradas por conta dos conflitos. Na noite desta terça-feira (7), duas bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas foram atingidas por mais de uma dúzia de mísseis iranianos. A Guarda Revolucionária do Irã assumiu a responsabilidade do ataque, que foi uma ação de vingança pela morte do general Qassem Soleimani em um ataque de drone americano.
Os ataques aumentaram as tensões entre os países e causaram abalos nos mercados de todo o mundo. Apesar disso, brasileiras que moram em Teerã afirmam que o clima no país é de normalidade para a população e que suas rotinas não foram alteradas pelos conflitos.
“Hoje, levei minha filha para a escola, fui fazer minha caminhada e saímos para comprar algumas coisas. Está normal, vida normal”, diz a paulistana Catarina Komyia, que mora com a filha e com o marido em Teerã desde 2018.
Catarina Komyia e a família moram em Teerã desde 2018. Ela afirma que a rotina da família não foi afetada pelos conflitos entre o Irã e os Estados Unidos
Arquivo pessoal
Komyia, que é dona de casa, afirma que a única alteração na rotina da cidade foi a homenagem prestada ao general Qassem Soleimani na segunda-feira (6), que reuniu uma multidão no centro da cidade sob a liderança de Ali Khamenei, o líder supremo do Irã.
Como ela e a família moram em uma região afastada do centro, porém, ela acompanhou as notícias pela imprensa. “Se não fosse pela televisão, a gente não estava nem sabendo”, diz.
A paranaense Larissa Guedes Hussein Dib, que está em Teerã com o marido há um mês e meio a negócios, também conta que o clima é de normalidade. “Minha rotina não mudou em nada, nem a do meu marido. Nossos amigos, que são iranianos, também não [mudaram as rotinas]. Está tudo normal.”
Apesar disso, as notícias dos ataques chamaram a atenção de parentes e amigos das brasileiras, que se preocuparam com a situação delas no país.
“Eu tenho recebido muitas mensagens. Os amigos e os familiares estão mais preocupados que a gente. Mas a gente não está muito preocupado, vamos esperar. O ‘plano B’ é ir embora se realmente acontecer alguma coisa mais grave”, diz Catarina Komyia.
Dib também afirma que recebeu muitas mensagens, principalmente após o ataque na noite desta terça.
“Como o Brasil fala muito sobre o que está acontecendo aqui e como o Irã estava atacando o Iraque, meus parentes ficaram preocupados, pois eles não sabiam onde ia terminar isso. Mas agora está tudo mais tranquilo, e eles não estão mais tão preocupados”, diz Larissa Guedes Hussein Dib.
A paranaense Larissa Guedes Hussein Dib está com o marido há um mês e meio em Teerã
Arquivo pessoal
Apesar de manter as rotinas, as duas mulheres afirmam que estão em alerta para qualquer novo acontecimento ou repercussão entre os dois países. Komyia participa de um grupo no Whatsapp com outras brasileiras que moram no Irã para trocar informações sobre a situação.
“A vida está normal, mas a gente está em alerta. Não tem ninguém preocupado de falar ‘vou embora, vou largar minha família e vou embora’. Tá bem tranquilo”, diz Komyia.
Após a recomendação de uma amiga, ela entrou em contato com a embaixada brasileira em Teerã para buscar mais informações e saber se tinha que fazer alguma coisa. “Eu falei com o cônsul, e ele disse que, por enquanto, não tem nenhum plano de retirada de brasileiro [do Irã], até porque não foi declarada nenhuma guerra. Mas, se tiver alguma informação urgente, vai entrar em contato com a gente”, diz.
Por isso, as duas brasileiras afirmam que não tem planos de voltar para o Brasil a curto prazo. “Não acredito que esse conflito vá afetar [a nossa permanência no Irã], pois nenhum país quer guerra, né? A gente quer que isso acabe logo e que tenha um pouco de paz. Eu acho que o pior já passou”, diz Larissa Guedes Hussein Dib.
Komyia tem a mesma perspectiva. “Minha filha está na escola aqui, e, como não foi declarada nenhuma guerra, não pretendemos voltar. Até porque esse conflito entre os Estados Unidos e o Irã já dura anos a fio, então a gente não sabe o que realmente vai acontecer.”
Initial plugin text

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui