Emails entregues à CPI da Covid no Senado mostram que o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Economia, Miguel Ragone de Mattos, acompanhou as discussões das minutas da MP (medida provisória) das vacinas. À comissão, porém, Mattos afirmou que a pasta tratou do assunto na fase de sanção.

A MP entrou na mira da CPI porque um dispositivo que facilitava a compra de imunizantes de Pfizer e Janssen sumiu da versão publicada em janeiro. Os debates foram feitos em dezembro de 2020, e o texto foi sancionado em março.

As farmacêuticas exigiam que a União assumisse riscos em caso de efeitos colaterais. Para isso, uma das minutas continha um artigo que autorizava o governo a constituir garantias ou contratar seguros.

Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou nesta terça-feira (20), a resistência do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, tanto por negacionismo como pela preocupação com risco fiscal, atrasaram a compra das vacinas da Pfizer.

Agora a CPI quer saber por que um dispositivo que facilitava a aquisição de vacinas da Pfizer e da Janssen foi eliminado da MP publicada em janeiro. Uma das minutas autorizava a União a assumir riscos e custos de eventuais efeitos adversos dos imunizantes, exigência das farmacêuticas.

A pedido do vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), as pastas da Economia, Saúde, Justiça, Casa Civil, AGU (Advocacia-Geral da União) e CGU (Controladoria-Geral da União) entregaram documentos sobre a MP das vacinas.

Fonte: (FOLHAPRESS)

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