Mesmo com a interrupção dos gastos emergenciais, a dívida pública ainda sofre impacto da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. O endividamento do governo cresceu 0,5 ponto percentual em janeiro em relação ao mês anterior e alcançou 89,7% do PIB (Produto Interno Bruto).

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo BC (Banco Central). Esse é o maior percentual da série histórica, iniciada em dezembro de 2006. Ao todo, a dívida bruta soma R$ 6,67 trilhões.

A dívida registra crescimentos expressivos por mês desde o início da pandemia, mas já vinha em trajetória de alta antes da crise. Depois da chegada do vírus ao país, o governo teve de gastar mais em programas emergenciais, como o auxílio emergencial e linhas de crédito para empresas.

A principal causa do crescimento é a incorporação de juros pagos pelo governo para financiamento da dívida ao montante, responsável por 0,5 ponto.

Além disso, a alta do dólar de 5,4% no mês contribuiu em 0,3 ponto e a redução do PIB nominal (em R$ ), em 0,2 ponto.

Em movimento oposto, a dívida líquida, que desconta os ativos do governo, diminuiu 1,3 ponto percentual em janeiro e ficou em 61,6% do PIB (R$ 4,58 trilhões).

A elevação do dólar contribuiu com queda de 1 ponto percentual na dívida líquida. Quando há valorização da moeda americana, há redução do valor da dívida líquida em reais porque são descontadas as reservas internacionais, mensuradas em dólar.

Além disso, pela metodologia do BC, o governo federal registrou superávit primário de R$ 58,4 bilhões no mês, o que contribuiu para reduzir a dívida líquida em 0,8 ponto.

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