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As prisões ocorreram um dia depois de o governador da Virgínia, Ralph Northam, declarar um estado de emergência proibindo qualquer arma na capital estadual de Richmond, dizendo que investigadores viram grupos fazendo ameaças de violência. Patrik Jordan Mathews em imagem feita pela Polícia Montada Real Canadense
RCMP Manitoba/Divulgação/Via Reuters
O FBI prendeu três supostos membros de um grupo neonazista que portavam uma metralhadora e tinham esperança de provocar uma guerra racial nos Estados Unidos durante um comício pró-armas a ser realizado na Virgínia que deve atrair milhares de pessoas, disseram autoridades nesta quinta-feira.
Entre os presos estava um ex-membro da cavalaria do Exército e um cidadão canadense que estava nos EUA ilegalmente e é engenheiro de combate reservista do Exército de seu país.
As prisões ocorreram um dia depois de o governador da Virgínia, Ralph Northam, declarar um estado de emergência proibindo qualquer arma na capital estadual de Richmond, dizendo que investigadores viram grupos fazendo ameaças de violência.
Governador da Virgínia, Ralph Northam, que decretou estado de emergência proibindo armas na capital do estado, em 9 de julho de 2019
Michael A. McCoy/Reuters
O FBI e o Departamento de Segurança Interna foram duramente criticados por não se concentrarem o suficiente no perigo do extremismo de extrema-direita após uma série de ataques a sinagogas e um comício de supremacistas brancos em Charlottesville, na Virgínia, em 2017. Nos últimos meses, os chefes das duas agências disseram que estão levando a ameaça mais a sério.
Milhares de ativistas pró-armas estão planejando um grande comício em Richmond na segunda-feira (20) em reação à nova iniciativa da legislatura estatal de maioria democrata para endurecer as leis de posse de armas.
Estado polarizado
A Virgínia, onde os democratas assumiram o controle legislativo prometendo justamente tais leis, se tornou o cenário mais recente do polarizado debate nacional sobre o direito de portar armas.
Muitos grupos que defendem este direito argumentam que a Constituição dos EUA lhes autoriza possuir qualquer arma de fogo, e seus opositores dizem que as leis ajudariam a diminuir o número de pessoas mortas por armas todos os anos.

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