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Estado no Meio-Oeste americano tem a primeira das prévias eleitorais. Primeira etapa é decidir quem será concorrente de Trump; só depois americanos vão decidir quem ocupará a Casa Branca pelos próximos quatro anos. Campanhas de alguns dos pré-candidatos democratas em Iowa. Em cima: Joe Biden; abaixo, à esquerda, Amy Klobuchar; à direita, itens de campanha de Bernie Sanders; logo abaixo, Elizabeth Warren, à direita; à esquerda, Pete Buttigieg.
Associated Press (exceto foto da campanha de Bernie Sanders, Reuters)
O estado de Iowa será o primeiro, nesta segunda-feira (3), a votar nas prévias eleitorais da eleição presidencial dos Estados Unidos. Os moradores do estado farão um caucus, uma espécie de assembleia, para decidir quais dos pré-candidatos do Partido Democrata irão apoiar.
O Partido Republicano, de Trump, também fará um caucus em Iowa no mesmo dia. Além de Trump, estão concorrendo à nomeação republicana Joe Walsh e William F. Weld, mas o partido já declarou que vai apoiar a candidatura do atual presidente.
Por causa disso, ao menos 7 estados já cancelaram as prévias republicanas: Alaska, Arizona, Havaí, Kansas, Nevada, Carolina do Sul e Virgínia. O objetivo é evitar que haja disputa na nomeação de Trump como candidato – que será feita em agosto, na convenção republicana.
Iowa é o primeiro estado a escolher candidato democrata; convenção do partido, em julho, decide em Milwaukee quem irá disputar Casa Branca com Trump
G1
Por outro lado, como o nome democrata ainda não foi decidido, até junho todos os 50 estados, o distrito federal e os 5 territórios americanos votarão em caucus — como é o caso de Iowa — ou nas chamadas primárias para decidir quem será o candidato do partido.
Esses votos serão representados por delegados na convenção do partido, em julho. Quem ganhar a maioria dos delegados vence a nomeação – e vai concorrer com Trump nas eleições gerais, em 3 de novembro. (Entenda detalhes deste processo mais abaixo nesta reportagem).
Iowa irá enviar 41 delegados à convenção — que vão representar, de forma proporcional, quantos votos cada candidato recebeu no estado.
Veja em 5 passos o que acontece no estado no dia do caucus:
Os cidadãos se reúnem em um precinto — um local público que pode ser uma escola, um ginásio ou uma igreja, por exemplo, de acordo com o endereço onde moram. Depois que todos chegam, costuma haver breves discursos das pessoas que organizam o caucus e de autoridades locais. Representantes das campanhas também podem aproveitar esse momento para argumentos de última hora.
Na hora da votação, os moradores se separam em “cantos” diferentes do local, se reunindo em grupos de acordo com o candidato que apoiam. Tudo é feito de maneira aberta — ao contrário das votações em urnas.
Os eleitores anotam, em um pedaço de papel que receberam na entrada do precinto, o nome do candidato que é sua primeira escolha. Esta é uma novidade para este ano, que vai ajudar o partido na contagem dos votos.
Depois da primeira rodada de votação, haverá um processo chamado de “realinhamento”: eleitores de candidatos que tiveram menos de 15% dos votos poderão escolher outro candidato, convencer outros eleitores a se juntarem a eles ou ir embora. Essas pessoas também devem anotar o nome de sua segunda escolha, do outro lado do mesmo pedaço de papel.
A contagem final dos votos é feita. Neste ano, pela primeira vez, o Partido Democrata divulgará, além da quantidade de delegados obtida por cada candidato, também o número de votos populares obtidos por cada um (conforme os registros nos papéis).
Depois que a contagem for feita em todos os precintos, fica determinado quantos delegados cada candidato obteve. Com apenas 41 delegados, Iowa não representa muito, numericamente, dentro dos cerca de 4 mil que vão participar da convenção — o número exato ainda pode sofrer mudanças —, mas pode ajudar os candidatos a ganharem impulso nas campanhas.
No estado, a preferência é para o senador Bernie Sanders, que tem 25% das intenções de voto. Em seguida vêm o ex-vice-presidente Joe Biden, que tem 20,6%; o ex-prefeito Pete Buttigieg, com 17%; e a senadora Elizabeth Warren, com 14,6%, segundo levantamento de 27 de janeiro do site RealClearPolitics, que faz uma média de várias pesquisas eleitorais.
Depois de Iowa, o próximo a votar será o estado de New Hampshire, que tem primárias em 11 de fevereiro.
Quem lidera as pesquisas para ser o candidato democrata?
Pré-candidato democrata Joe Biden em evento no dia 20 de janeiro em Des Moines, Iowa.
Andrew Harnik/AP
De acordo com o RealClearPolitics, no dia 28 de janeiro o ex-vice-presidente Joe Biden liderava as intenções de voto nacionais, com 28%. Depois vem o senador Bernie Sanders, com 24%; em terceiro, a senadora Elizabeth Warren, com 15%; em quarto, o bilionário Michael Bloomberg, com 8%; e, em quinto, o ex-prefeito Pete Buttigieg, com 7%.
O que acontece depois que o partido nomeia seu candidato?
Na foto, de 14 de janeiro, Trump aparece em um comício em Milwaukee, no Wisconsin.
Evan Vucci/AP
Os republicanos precisarão oficializar a candidatura de Trump. Apesar de já ter divulgado que apoiará a reeleição dele, o partido ainda não o nomeou oficialmente como seu candidato. Isso acontecerá na Convenção Nacional Republicana, em Charlotte, na Carolina do Norte, entre 24 e 27 de agosto.
Depois da nomeação oficial, estão previstos três debates entre Trump e o candidato democrata, mas o presidente considera a possibilidade de não participar deles, de acordo com a imprensa americana. Também está previsto um debate entre os candidatos à vice-presidência.
Como será a eleição geral?
Na foto, de 8 de janeiro de 2019, a ex-presidiária Yolanda Wilcox preenche formulário para se registrar como eleitora em Orlando, na Flórida.
John Raoux/AP
A quantidade de votos populares (vindos de cada eleitor) conseguidos por cada candidato não determina, diretamente, quem será o ganhador. (Na eleição de 2016, por exemplo, Trump recebeu menos votos populares do que a adversária, Hillary Clinton, e mesmo assim foi eleito. Veja mais sobre isso mais abaixo na reportagem).
O que vale para determinar o vencedor é o voto do chamado “colégio eleitoral”. Quem tiver uma maioria simples de 270 dos 538 votos do colégio eleitoral leva a Casa Branca e toma posse no dia 20 de janeiro de 2021.
No dia da eleição, tecnicamente, os americanos votam em representantes que votarão pelo seu estado no colégio eleitoral nacional, e não nos candidatos em si. Quando esse colégio eleitoral se reúne, esses representantes votam no candidato, e seu voto é que contará para o resultado da eleição.
Isso torna alguns estados muito importantes para os candidatos, porque os mais populosos têm mais votos no colégio eleitoral. É o caso da Califórnia, que tem 55 votos, do Texas, que tem 38, de Nova York e da Flórida, que têm 29 cada, e de Illinois e da Pensilvânia, com 20 cada. Já os territórios americanos — como Porto Rico — não têm direito a voto no colégio eleitoral, porque não são estados.
Um detalhe importante da corrida deste ano é que a Califórnia terá suas primárias mais cedo — em março, em vez de junho. Isso significa que o estado, que tem a maior quantidade de votos no país no colégio eleitoral, definirá seus votos antes que o de costume.
Como os votos do colégio eleitoral são contados?
Pré-candidatos democratas fizeram na terça-feira (14) o último debate em Des Moines, Iowa, antes das prévias eleitorais dos EUA.
Charlie Neibergall/AP
Os votos do colégio eleitoral são dados em um sistema de “tudo ou nada”, ou seja: ou o candidato leva todos os votos daquele estado, ou nenhum. Para conseguir os votos do colégio, ele precisa conquistar a maioria do voto popular.
Por exemplo: em 2016, na Califórnia, Hillary Clinton teve cerca de 8,8 milhões de votos. Donald Trump teve cerca de 4,5 milhões. A democrata, então, ficou com todos os 55 votos do colégio eleitoral do estado. Além da Califórnia, Clinton venceu em outros estados populosos, como Nova York, e, por isso, ficou com mais votos individuais.
Mas Trump venceu em mais estados — 34 dos 50 — , ou seja: ganhou mais votos no colégio eleitoral nacional. Foram 304 votos dele contra 227 de Clinton, e por isso ele levou a eleição.
As únicas exceções à regra do “tudo ou nada” são os estados de Maine e Nebraska, que distribuem seus votos de forma proporcional entre os candidatos. Isso faz com que seja possível o candidato republicano ganhar 1 voto de Maine e o democrata ganhar os outros 3, por exemplo — que foi o que aconteceu nas eleições de 2016.
O que dizem as pesquisas sobre o provável vencedor da eleição?
Da esquerda para direita: Joe Biden, Elizabeth Warren, Bernie Sanders, Pete Buttigieg, Donald Trump.
Fotos: Associated Press; montagem: G1
Segundo levantamento de intenções de voto do RealClear Politics feito em 27 de janeiro, o cenário ainda é incerto:
Trump perderia para Biden por uma diferença percentual de 4%;
Trump perderia para Bloomberg por uma diferença percentual de 3%;
Trump perderia para Sanders por uma diferença percentual de 2%;
Trump perderia para Klobuchar por uma diferença percentual de 1%;
Trump empataria com Warren;
Trump ganharia de Buttigieg por uma diferença percentual de 3%.

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