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Ventos fortes juntaram dois incêndios no sudeste do país nesta sexta-feira (10). Várias ordens de evacuação foram emitidas para os moradores das áreas de fronteira Nova Gales do Sul e Victoria. 5 de janeiro – Uma árvore em chamas é derrubada para evitar que caia em um carro durante os incêndios flroestais em Nova Gales do Sul, na Austrália
Tracey Nearmy/Reuters
Dois grandes incêndios no sudeste da Austrália se fundiram nesta sexta-feira (10), originando um incêndio gigantesco que assola um território equivalente a quatro vezes a superfície da cidade de Nova York, segundo a agência de notícias France Press (AFP).
Como se temia, as temperaturas subiram nesta sexta-feira para 40°C em algumas regiões, agravando os incêndios que queimavam no estado de Nova Gales do Sul e no estado vizinho de Victoria. Os ventos fortes na região foram os responsáveis por espalhar as chamas e unir os dois incêndios.
“As condições estão difíceis hoje. Os ventos quentes e secos são novamente um verdadeiro desafio”, disse o chefe dos bombeiros na zona rural de Nova Gales do Sul, Shane Fitzsimmons, a AFP.
Várias ordens de evacuação foram emitidas para os moradores das áreas de fronteira entre ambos os estados.
‘Mudança de políticas, não de clima’
Em Sydney e em Melbourne, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir que o governo conservador da Austrália faça mais para combater as mudanças climáticas globais e reduza as exportações de carvão.
“Mudança de políticas, não de clima”, dizia uma das faixas dos manifestantes de acordo com a AFP, refletindo a crescente conscientização sobre mudanças climáticas ligadas aos incêndios devastadores.
Alguns manifestantes defendem que há uma campanha de desinformação nas redes sociais que tem como objetivo desconsiderar o efeito das mudanças climáticas sobre os incêndios e atribuí-los a uma origem criminosa, assim como aos recordes de seca e às altas temperaturas.
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Por outro lado, a hashtag #arsonemergency (“emergência incêndio criminal”) tem sido usada por milhares de internautas que atribuem o período de queimadas à ações criminais.
O primeiro-ministro Scott Morrison tentou, nesta sexta-feira, evitar as perguntas dos jornalistas sobre se a mudança climática poderia transformar em norma os terríveis incêndios desta temporada.
“Olha, já conversamos sobre isso várias vezes”, respondeu Morrison, acrescentando que as avaliações relevantes serão feitas quando a temporada de incêndios terminar.
Estado em alerta
A primeira-ministra de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, disse que há mais de 130 incêndios em seu estado, dos quais cerca de 50 ainda estão fora de controle.
Dos 26 casos de pessoas mortas em consequência das queimadas em todo país, 18 ocorreram em Nova Gales do Sul. Dos mais de 8 milhões de hectares destruídos em todo o país, cerca de 5 milhões são de terras do estado. Além disso, 24 mil pessoas foram afetadas por problemas na rede elétrica da região.
A situação também é particularmente preocupante na Ilha Kangaroo, terceira maior ilha da Austrália, composta por reservas ambientais que abrigam animais silvestres e espécies em extinção. Kingscote, maior cidade da ilha, está isolada do resto do mundo, devido aos enormes incêndios.
Especialistas da Universidade de Sydney acreditam que a catástrofe matou um bilhão de animais, um balanço que inclui mamíferos, pássaros e répteis.
Em 2019, a Austrália teve seu ano mais quente e seco, com a mais alta temperatura máxima média já registrada em dezembro: 41,9ºC.
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