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Em Bagdá, assim como em várias cidades do sul do Iraque, milhares de pessoas marcharam aos gritos de ‘Não ao Irã! Não à América’ Manifestação em Najaf, no Iraque, em 10 de janeiro de 2020; ato político critica os EUA e o Irã
Haidar Hamdani/ AFP
Milhares de manifestantes saíram às ruas nesta sexta-feira (10) no Iraque para protestar contra o Irã e os Estados Unidos, cujos recentes ataques no Iraque ameaçaram mergulhar o país no caos.
Iraque pede para EUA iniciarem retirada de soldados de seu território
A mobilização relança uma revolta sem precedentes no Iraque, ofuscada recentemente pela escalada de tensões entre os dois patrocinadores de Bagdá.
Na Praça Tahrir de Bagdá, assim como em várias cidades do sul do Iraque, milhares de iraquianos marcharam aos gritos de “Não ao Irã! Não à América”, em passeatas de escala sem precedentes em semanas, constataram jornalistas da AFP.
Há vários dias, nas redes sociais, chamadas foram feitas para relançar o movimento social iniciado em 1º de outubro nesta sexta-feira, 10 de janeiro.
Desde a noite de quinta, (9) confrontos foram registrados entre manifestantes e policiais em Kerbala (sul), enquanto militantes foram presos em Basra (sul), informaram correspondentes da AFP.
Há mais de três meses, os iraquianos denunciam seus líderes, acusados de serem “incompetentes” e “ladrões” no décimo segundo país mais corrupto do mundo, segundo a organização Transparência Internacional.
A classe dominante está em apuros há semanas e não consegue chegara a um acordo para nomear um substituto para o primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi e seu governo.
“Ao relançar as manifestações, mostramos nosso apego às demandas da revolução de outubro: que nossos líderes parem de monopolizar os recursos de nosso país”, disse à AFP Haydar Kazem em Nassiriya (sul).
Entenda como ficaria o Iraque com retirada das tropas americanas
O movimento, inédito por ser espontâneo, foi pontuado pela violência e reprimido pelas forças de ordem. Desde o início dos protestos, cerca de 460 pessoas morreram – quase todas manifestantes – e mais de 25.000 ficaram feridas.
Além disso, uma vasta campanha de intimidação, assassinatos e sequestros de ativistas prejudicou bastante as fileiras dos protestos.
Mas quando os olhos do mundo inteiro estão voltados para o Iraque, onde Washington e Teerã trocaram tiros de drones e mísseis, os iraquianos irados pretendem recuperar o controle, dispensando americanos e iranianos consecutivamente.
O poder, como as forças de segurança, é dominado atualmente pelos pró-Irã e o Parlamento exige a saída das tropas americanas que as facções pró-Irã denunciam como uma “força de ocupação”.
Os manifestantes também querem acabar com o domínio de Teerã.
E, acima de tudo, exigem melhorias nas condições de vida no segundo país produtor de petróleo da OPEP, onde um em cada quatro jovens está desempregado e um em cada cinco habitantes abaixo da linha de pobreza.
Governo do Iraque pede início de saída dos EUA
O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdel Mahdi, pediu ao secretário de Estado americano, Mike Pompeo, o envio de uma delegação para organizar a retirada dos soldados dos Estados Unidos do Iraque, o que o Parlamento iraquiano exige.
Desde que Washington assassinou em um ataque em Bagdá o poderoso general iraniano Qassem Soleimani e seu braço direito, o iraquiano Abu Mehdi al-Muhandis, o sentimento antiamericano aumentou no país, e as autoridades se tornaram cada vez mais distantes do aliado americano.
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