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EUA negaram um visto para que Zarif, ministro de Relações Exteriores, pudesse comparecer a uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York na quinta-feira (9), disse uma autoridade norte-americana à agência Reuters. Mohammad Javad Zarif, ministro de Relações Exteriores do Irã, no dia 30 de dezembro de 2019
Evgenia Novozhenina/File Photo/Reuters
O assassinato de Qassem Soleimani, um general do Irã, pelos Estados Unidos, foi um ato de um terrorismo estatal e o Irã vai responder de forma proporcional, disse o ministro de Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, em uma entrevista à CNN.
Zarif disse que o presidente Donald Trump mostrou uma falta de respeito pelas leis internacionais ao ameaçar locais de patrimônio cultural iranianos.
“Isso é terrorismo de Estado”, afirmou sobre a morte de Qassem Soleimani, comandante das Forças Quds, que pertencem às Guardas Revolucionárias, em um ataque feito com um drone em Bagdá, no Iraque, na semana passada.
Irã planeja cenários de retaliação contra os Estados Unidos
“É um ato de agressão contra o Irã, e equivale a um ataque armado contra o Irã, e nós vamos responder. Mas vamos responder proporcionalmente, e não desproporcionalmente. Nós não somos fora da lei como o presidente Trump.
Trump afirmou, no sábado (4) que os EUA estão prontos para atacar 52 locais do Irã, incluindo alguns importantes para o patrimônio cultural do país, se os iranianos atingissem americanos ou suas propriedades.
No domingo (5), ele afirmou que os EUA iriam retaliar “talvez de uma maneira desproporcional”, se o Irã atacasse algum alvo americano.
Zarif disse que Trump mostrou ao mundo que ele está “preparado para cometer crimes de guerra, porque atacar centros de patrimônio cultural é um crime de guerra”.
Soleimani era o responsável pela rede de grupos armados aliados do Irã no Oriente Médio, e ele era uma pessoa importante para orquestrar a longa campanha para que os EUA saiam do Iraque.
Zarif disse que Washington deveria acordar para a realidade que “os EUA não podem permanecer nessa região com as pessoas da região não mais o desejando”.
Ao ser perguntado se vale a pena falar com Trump, Zarif disse: “Não é preciso falar, ele precisa se dar conta de que ele foi mal informado, e ele precisa acordar e pedir desculpas, ele precisa pedir desculpas, ele precisa mudar de curso”.
Presença em reunião da ONU
Os EUA negaram um visto para que Zarif pudesse comparecer a uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York na quinta-feira (9), disse uma autoridade norte-americana à agência Reuters.
Os comentários foram feitos na segunda-feira (6) pela autoridade, que pediu anonimato.
Conforme o “acordo de sede” de 1947 da ONU, normalmente se pede que os EUA permitam o acesso de diplomatas estrangeiros à entidade, mas Washington diz que pode negar vistos por razões de “segurança, terrorismo e política externa”.
O Departamento de Estado norte-americano não quis comentar de imediato. A missão do Irã na ONU disse: “Vimos as reportagens, mas não recebemos nenhuma comunicação oficial nem dos EUA nem da ONU quanto ao visto do ministro das Relações Exteriores Zarif”.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, não quis comentar a recusa dos EUA de dar um visto para Zarif.
Em entrevista à uma rede de rádio, Zarif disse que ele protocolou o pedido de vista há 25 dias, e o Departamento de Estado dos EUA respondeu que não tinha tempo suficiente para emitir um visto.
Ao ser questionado, na CNN, sobre sua reação, ele deu risada e afirmou: “Bem, do que eles têm medo?”. O entrevistador insistiu, e perguntou se Zarif estava preocupado –o iraniano respondeu que não.
Palanque global
O chanceler queria acompanhar uma reunião do Conselho de Segurança na quinta-feira (9) a respeito do cumprimento da Carta da ONU. A reunião e a viagem de Zarif foram planejadas antes do acirramento mais recente das tensões entre Washington e Teerã.
A reunião do Conselho de Segurança teria dado a Zarif um palanque global para criticar os EUA publicamente por terem assassinado Soleimani.
Zarif viajou a Nova York pela última vez em setembro de 2019, para o encontro anual de líderes mundiais na ONU– depois de os EUA o punirem por adotar “a pauta irresponsável do líder supremo do Irã”.
As sanções bloquearam quaisquer propriedades ou interesses de Zarif nos EUA, mas ele disse não possuir nenhum.
Zarif também compareceu a reuniões da ONU em abril e julho de 2019. Durante sua visita de julho, Washington impôs restrições de viagem a ele e a diplomatas da missão iraniana na ONU, confinando-os a um setor pequeno da cidade de Nova York.
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