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Donald Trump pediu para que os países que ainda se mantém no acordo, como Reino Unido, China, Rússia e Alemanha, abandonem o pacto com o Irã. O premiê britânico, Boris Johnson, fala na Casa dos Comuns em Londres no dia 17 de dezembro.
Jessica Taylor/ AFP / UK Parliament
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, reiterou nesta quinta-feira (9) que o país mantém seu compromisso com o acordo nuclear do Irã em telefonema com o presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse o porta-voz do premiê.
“O primeiro-ministro conversou com o presidente Rouhani, do Irã, nesta manhã. Eles discutiram a situação na região após a morte de Qassam Soleimani, e o premiê pediu o fim das hostilidades”, disse o porta-voz a repórteres.
“O premiê reiterou que o compromisso contínuo do Reino Unido com o JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global) e com o diálogo contínuo para evitar a proliferação nuclear e reduzir as tensões”, afirmou ele, acrescentando que a posição britânica é de que o acordo é o melhor possível.
Líderes mundiais seguem pedindo diálogo entre EUA e Irã
Em seu discurso de quarta-feira (8), Donald Trump pediu aos países que ainda estão no acordo nuclear (Alemanha, China, Reino Unido, Rússia e França) o abandonem.
Qassem Soleimani, chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país, morreu em um ataque com drone dos Estados Unidos na semana passada, em Bagdá, no Iraque.
Os iranianos prometeram vingança e, nesta semana, eles atacaram com 22 mísseis duas bases americanas no Iraque. Não houve mortos em consequência desses disparos.
Entenda o acordo
O acordo nuclear com o Irã foi alcançado em julho de 2015, após quase 20 meses de negociações, entre o governo da República Islâmica e um grupo de potências internacionais, liderado pelos EUA.
O chamado grupo P5 + 1 – cinco membros do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha – aceitou encerrar as sanções ligadas ao programa nuclear iraniano, em troca de seu desmantelamento.
O pacto entrou em vigor em outubro de 2015 e passou a ser aplicado de fato em janeiro de 2016, após a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) ter verificado que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos.
Isso levou ao levantamento, quase imediato, das sanções de países e da ONU relacionadas ao programa nuclear do Irã, incluindo as aplicadas aos setores de finanças, comércio e energia. Bilhões de dólares de bens congelados de iranianos foram liberados.
EUA saem de acordo
Em 2018, Donald Trump saiu unilateralmente do acordo. Durante sua campanha presidencial, ele criticou o pacto, e afirmou que ele deveria incluir dois itens: a proibição da atuação do Irã em conflitos regionais no Oriente Médio e limites ao armamento não-nuclear do país.
Em retaliação, o governo iraniano vem quebrando várias partes do pacto. Em setembro de 2019, o país abandonou os limites para pesquisa e desenvolvimento nuclear, e, em julho, ultrapassou o limite do estoque de urânio enriquecido previsto no trato.
Em novembro do ano passado, O irã anunciou que está operando 60 centrífugas avançadas do tipo IR-6, o que representa mais uma violação do acordo nuclear firmado em 2015 com várias potências mundiais.
Ao iniciar as centrífugas IR-6, o Irã reduziu ainda mais o prazo de um ano estimado por especialistas, segundo a Associated Press, como sendo suficiente para que Teerã construa uma arma nuclear, caso queira.

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