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Rajada da foguetes contra Israel foi lançada após divulgação de um vídeo mostrando uma escavadeira israelense coletando o corpo de um palestino que havia colocado um explosivo na fronteira. Palestino, ferido na fronteira Israel-Gaza, gesticula enquanto é levado para um hospital no sul da Faixa de Gaza
Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
Milícias palestinas de Gaza lançaram uma rajada da foguetes contra Israel neste domingo (23), depois de um vídeo divulgado nas redes sociais mostrar uma escavadeira israelense coletando o corpo de um palestino que havia colocado um explosivo na fronteira.
O Exército de Israel relatou o disparo de 20 foguetes – 10 deles interceptados pelo sistema de mísseis Iron Dome – o maior número de projéteis lançados em um dia em meio à crescente tensão desde a apresentação do plano de paz dos Estados Unidos no final de janeiro.
Na manhã deste domingo, dois integrantes do grupo islâmico Jihad se aproximaram com um dispositivo explosivo na fronteira com Israel, diante da qual as tropas israelenses abriram fogo, causando a morte de um deles.
Segundo o porta-voz militar, foi o mesmo grupo que participou de duas tentativas semelhantes nas últimas semanas.
Mas o que desencadeou a violência foi a divulgação de um vídeo que percorreu as redes sociais e mostra como uma escavadeira empurra o miliciano morto, enquanto as tropas abrem fogo contra jovens palestinos que tentam remover o corpo.
O líder do movimento islâmico Hamas, Ismail Radwan, alertou que Israel pagaria pelo que definiu como “crime horrível”.
O chefe da Defesa Israelense, Naftalí Benet, descreveu como “hipocrisia” a crítica, lembrando que o movimento islâmico do Hamas manteve os corpos dos soldados Hadar Goldin e Oron Shaul em cativeiro em uma operação militar em Gaza, em 2014.
“Estou farto das críticas hipócritas da esquerda sobre a ‘desumanidade’ de usar uma escavadeira para nos trazer o corpo de um terrorista que tentou matar israelenses”, disse Benet, que recentemente ordenou manter os corpos dos palestinos envolvidos em ataques como um método de dissuasão.
Segundo a ONG Betselem, Israel mantém pelo menos corpos de 52 palestinos que atacaram ou tentaram atacar israelenses desde 2015.
A Suprema Corte de Israel validou essa prática no ano passado, com base em regulamentos de emergência para considerações de segurança do Estado, ordem civil e a necessidade de negociar o retorno dos corpos dos soldados israelenses.
A crescente tensão com Gaza levou o Egito e o Catar a intensificar sua mediação novamente nesta semana em negociações indiretas entre as milícias e Israel para evitar uma nova escalada, uma semana após as eleições israelenses realizadas em 2 de março.

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