O apresentador de TV José Luiz Datena filiou-se ao PSC para disputar o Senado. Como mostrou o Painel, Datena reagiu com indignação à possibilidade de João Doria (PSDB) desistir da candidatura presidencial e permanecer no comando do estado.

Doria depois desistiu do recuo e manteve a candidatura federal.

Antes da ruptura, Datena tinha o projeto de ser candidato ao Senado na chapa de Doria e de Rodrigo Garcia (PSDB), que concorrerá ao Governo de São Paulo.

Seu novo partido, o PSC, apoiará o candidato de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (ministro da Infraestrutura). Datena estava no União Brasil e confirmou a troca partidária ao Painel.

“Comunicamos a filiação do jornalista e apresentador José Luís Datena ao Partido Social Cristão (PSC), que em nome do seu presidente estadual, deputado federal Gilberto Nascimento, já declarou apoio à pré-candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo. Datena coloca seu nome à disposição da coligação para concorrer ao Senado Federal”, diz o PSC, em nota.

Antes que Doria anunciasse que manteria sua candidatura presidencial nesta quinta-feira (31), Datena criticou a ideia do tucano de continuar no Governo de São Paulo.

“Acho um movimento completamente equivocado do Doria se ele fizer isso, porque passa de traído a traidor do [Rodrigo] Garcia. Implode a candidatura dele [a governador]”, afirmou ao Painel.

“Doria fazendo esse movimento, não tenho mais nenhum compromisso com essa chapa. Porque aí quem se sente traído sou eu”, diz ele, que disse não ter recebido nenhuma mensagem do então governador.

“Fiquei sabendo disso às 5h da manhã. Que aliados são esses?”.

Em 17 de março, Doria entrou no ar no programa “Brasil Urgente” (Band), apresentado por Datena, para anunciar o fim do uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados no estado de São Paulo.

Nesta quinta, Doria disse que houve planejamento de sua parte na discussão de que poderia desistir da candidatura. Ele disse que a intenção era a de conseguir um apoio explícito do PSDB ao resultado das prévias, que definiu seu nome como candidato do partido à Presidência.

“Eu diria que é um comportamento estratégico, isso faz parte da vida política, você ter estratégia para poder construir caminhos e solidificar esses caminhos”, disse.

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