Eleitora confessa de Jair Bolsonaro (sem partido), a desembargadora Marília de Castro Neves foi eleita nesta segunda-feira (30) para o órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Nesse colegiado, será responsável, entre outros processos, por julgar a ação que envolve o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, sobre as “rachadinhas”. A magistrada foi candidata única e essa ascensão ao órgão especial é uma espécie de promoção.

Marília ficou nacionalmente conhecida ao atacar a vereadora Marielle Franco, morta em março de 2018, em redes sociais. Na época da repercussão do assassinato, ela fez duas acusações falsas: que a vereadora tinha ligações com criminosos e que tinha sido eleita por uma facção criminosa. Além disso, a desembargadora fez publicações discriminatórias contra transexuais e pessoas com síndrome de Down.

Devido a tais publicações, a magistrada foi condenada em outubro deste ano a pagar uma indenização à família de Marielle. Além disso, na semana passada, levaram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a decidir, por unanimidade, abrir um processo administrativo disciplinar contra ela.

Agora, com a promoção obtida nesta segunda-feira, a desembargadora vai compor o colegiado de 25 magistrados que julgará o caso de corrupção por meio de “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual do Rio de Janeiro. Filho de seu ídolo político.

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