A operação da Polícia Federal contra alvos ligados ao bolsonarismo fez aumentar a pressão dos filhos do presidente Jair Bolsonaro em favor da manutenção de Abraham Weintraub na pasta da Educação.
Weintraub é um expoente da dita ala ideológica do governo, que professa no discurso a ideia de uma revolução política de destruição da política tradicional.
Ele e o chanceler Eduardo Araújo são os principais ministros associados ao grupo, que é liderado pelos filhos do presidente, especialmente o vereador carioca Carlos (Republicanos) e o deputado federal paulista Eduardo (PSL), e emula ideias do escritor Olavo de Carvalho, hoje crítico do governo.
O ministro da Educação ficou por um fio no cargo após virar alvo do STF (Supremo Tribunal Federal) no inquérito tocado pela corte que apura a disseminação de fake news. Na reunião ministerial de 22 de abril, Weintraub havia dito que os ministros do tribunal eram “vagabundos” que deveriam ir para a cadeia.
O episódio só fez crescer o embate entre Bolsonaro e o Judiciário. No domingo (14), Weintraub participou de um ato pedindo o fechamento do Supremo e do Congresso, na manhã seguinte ao ataque com fogos de artifício ao prédio da corte por militantes bolsonaristas.
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