Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta quarta-feira (8) a decisão do desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível da Justiça do Rio, de mandar o Porta dos Fundos e a Netflix retirarem do ar o “Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo”. Segundo o ministro, a decisão do desembargador pode ser considerada censura.

“É uma barbaridade. Os ares democráticos não admitem a censura”, afirmou Mello ao ser questionado pelo jornalista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo. O ministro ainda afirmou que a medida não tem amparo na Constituição e que a decisão será derrubada por tribunais superiores.

Alvo de ataques desde que foi divulgado, o especial traz um Jesus gay (Gregorio Duvivier), prestes a completar 30 anos, que é surpreendido com uma festa ao voltar do deserto com o namorado, Orlando (Fábio Porchat). Religiosos ficaram profundamente ofendidos e chegaram a fazer um abaixo assinado para que fossem indenizados todos os cristãos do Brasil com 2 reais cada.

O programa humorístico, inclusive, foi a principal motivação para o ataque a bomba contra a produtora do Porta dos Fundos, na véspera de Natal. O principal suspeito se diz integralista, era filiado ao PSL e está foragido na Rússia.

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