O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta segunda-feira (28) que a 10ª Vara Federal de Brasília compartilhe com a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva as mensagens colhidas na Operação Spoofing, que apreendeu as mensagens divulgadas pela série de reportagens da Vaza Jato.

Com a decisão, as trocas de mensagens de procuradores da Lava Jato, com Deltan Dallagnol, envolvendo ainda o ex-juiz Sérgio Moro, que foi alçado ao Ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro, poderão ser usadas pelos advogados de Lula como prova da parcialidade do processo que levou o ex-presidente à prisão e o impediu de disputar as eleições em 2018.

“Diante da verossimilhança da alegação e tendo em conta o direito constitucional à ampla defesa, defiro, por enquanto, sem prejuízo de providências ulteriores”, afirmou Lewandowski.

O ministro ordenou o compartilhamento, sob supervisão de peritos da Polícia Federal (PF) e no prazo de 10 dias, das mensagens arrecadadas pela Operação Spoofing que digam respeito a Lula “direta ou indiretamente, bem assim as que tenham relação com investigações e ações penais contra ele movidas na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba ou em qualquer outra jurisdição, ainda que estrangeira”.

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