O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que o ministro Edson Fachin (STF) se acovardou três anos atrás com o tuíte do general Eduardo Villas Bôas para pressionar o Supremo a derrotar o petista em um julgamento na corte às vésperas da campanha eleitoral.

Em entrevista a UOL, o ex-presidente diz que não é direito constitucional o Alto Comando do Exército dar um “pito” no Supremo. “Por que o Fachin veio falar agora três anos depois? Por que se acovardou na hora?”

Na última segunda-feira (15), Fachin afirmou ser “intolerável e inaceitável qualquer tipo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário”

A declaração foi uma resposta à revelação de que a cúpula do Exército, então comandado pelo general Villas Bôas, articulou um tuíte de alerta ao Supremo antes do julgamento de um habeas corpus que poderia beneficiar Lula em 2018.

Lula acabou tendo o pedido negado pelo plenário do Supremo e, no dia 7 de abril, foi preso e levado para Curitiba. Deixou a cadeia 580 dias depois, após o STF derrubar a regra que permitia prisão a partir da condenação em segunda instância.

Em abril de 2018, após o tuíte de Eduardo Villas Bôas, Fachin não se manifestou publicamente. No dia seguinte, o plenário do STF negou habeas corpus a Lula.

Ao votar pelo indeferimento do pedido do ex-presidente, o ministro também não fez comentário sobre o texto do general.

Em seu voto, Fachin ressaltou que deveria haver estabilidade e respeito ao entendimento dos tribunais sobre a execução provisória da pena.

Click Política – Fonte: Uol

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