O Ministério Público suspeita que assessores da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, tenham vazado, sob sua orientação, dados da menina de dez anos que engravidou após ser estuprada pelo tio.

Damares enviou ao Espírito Santo, no dia 9 de agosto, dois assessores, um da Secretaria dos Direitos da Criança e outro da Ouvidoria de Direitos Humanos. Os dois estiveram na delegacia, no Conselho Tutelar e na Secretaria de Assistência Social de São Mateus em companhia do deputado estadual Lorenzo Pazolini (Republicanos). O deputado é autor de homenagem à ministra Damares na Assembleia Legislativa capixaba em 2019.

Posteriormente, a ministra postou uma foto dos três em frente à delegacia de São Mateus. Segundo publicação da ministra no Facebook, eles também tiveram contato com a família da criança. O objetivo, segundo Damarres, era “conhecer detalhes das investigações”. De acordo com informações da revista Piauí, o Ministério Público Estadual suspeita que, nessas visitas, o grupo tenha tido acesso a todos os dados da criança, incluindo o prontuário médico.

Os dados vazados foram divulgados posteriormente pela ativista de extrema-direita Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, ex-assessora de Damares. O vazamento teve consequências graves. Uma romaria de religiosos fundamentalistas foi até a casa da vó da menina insistir para que ela impedisse o aborto legal.

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