O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta terça-feira, 15, que os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid não entregaram provas referentes às investigações do colegiado, mas “um HD com dez terabytes de informações desconexas e desorganizadas”. Este, segundo ele, é o motivo pelo qual a PGR ainda não instaurou um inquérito contra as autoridades denunciadas pelo relatório, grupo que inclui o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aras lembrou que recebeu o documento, que contém 1.200 páginas, no dia 25 de novembro de 2021. “Naquele momento, a CPI dizia entregar as provas que estariam vinculadas aos fatos de autoria daquelas pessoas indiciadas”, disse o procurador-geral. “Ocorre que não houve a entrega dessas provas, o que motivou, 15 dias depois, de nós recebermos um HD com dez terabytes de informações desconexas e desorganizadas”.

O PGR ressaltou que a entrega de um grande volume de informações, como foi feito, não necessariamente significa fazer o “link”, a “demonstração de que aqueles elementos probantes teriam pertinência com os fatos e com os indiciados”. As declarações foram feitas em entrevista à CNN Brasil, horas depois de a cúpula da CPI da Covid participar da inauguração de um memorial às vítimas da pandemia no Senado.

Click Política. Conteúdo: O Estadão.

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