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O Colorado, no oeste americano, se tornou o vigésimo segundo estado dos Estados Unidos a abolir a pena capital, depois de um intenso e longo debate, especialmente por parte da oposição republicana. O Colorado se tornou o vigésimo segundo estado dos Estados Unidos a abolir a pena de morte
Paul Buck/AFP
O Colorado, no oeste americano, se tornou o vigésimo segundo estado dos Estados Unidos a abolir a pena capital, depois de um intenso e longo debate, especialmente por parte da oposição republicana. O fim da pena de morte entra em vigor em 1º de julho. A nova lei foi aprovada pelos deputados em votação na quarta-feira (26).
“Eu fiquei impressionado e emocionado com o testemunho e os debates que ouvimos”, disse o líder da maioria democrata, Alec Garnett. A lei “se baseia na esperança, embora ainda incipiente, de que podemos ser melhores como sociedade”, acrescentou.
“Podemos gastar recursos em reformas e não em apelações, no tratamento de dependentes químicos, não na administração de coquetéis letais”, finalizou Garnett.
O governador democrata Jared Polis já expressou sua disposição em sancionar o texto, aprovado no parlamento por 38 votos a 27. Polis também se disse disposto a rever as penas de três condenados à espera de execução.
Mas o caminho até a aprovação não foi fácil. Os parlamentares republicanos tentaram de todas as maneiras barrar a mudança. Steve Humphrey leu a Bíblia por 45 minutos durante a sessão.
A partir de 1º de julho, a pena máxima no Colorado será a prisão perpétua, sem direito à liberdade condicional.
Uma batalha de décadas
Os legisladores do Colorado tentaram repetidamente sem sucesso abolir a pena de morte, desde que a medida foi restabelecida, em 1979. Desde então, o único sentenciado à morte que foi executado no estado foi Gary Davis, condenado por estupro e assassinato, que morreu em 1997.
A maior organização de direitos humanos no país, a ACLU, celebrou a decisão do parlamento, considerando que se trata de uma “grande vitória para a justiça”.
“A pena de morte não tem cabimento nos Estados Unidos. Quase 50 anos de estudos na era moderna da pena de morte demonstraram que não há forma de executar às pessoas de uma forma que não seja racialmente enviesada, arbitrária, custosa e desumana”, disse Cassandra Stubbs, responsável da campanha da ACLU contra as penas capitais.
“Não há desculpa para que nenhum governo que respeite a justiça, a equidade e a dignidade humana continue executando a sua gente”, acrescentou.
Em 2019, foram realizadas 22 execuções nos Estados Unidos, concentradas em sete estados, quase todos no sul conservador e religioso, especialmente no Texas, onde ocorreram nove casos.

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