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No segundo dia de exposição dos promotores de acusação, item é abordado em discursos de democratas. Presidente do Comitê de Inteligência da Câmara nega que exista negociação para ‘troca de testemunhas’. Deputado Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, fala durante o terceiro dia do julgamento do impeachment de Donald Trump no Senado dos EUA, na quinta-feira (23)
Senate TV/Handout via Reuters
Os senadores democratas promotores da acusação continuam nesta quinta-feira (23) a expor argumentos a favor do afastamento de Donald Trump da presidência em seu julgamento no Senado.
Nesta quinta, eles aprofundam a acusação sobre abuso de poder, uma das duas enfrentadas por Trump (leia mais abaixo). Na sexta, último dia dedicado à exposição dos acusadores, eles falarão sobre a obstrução ao Congresso.
Em suas primeiras horas, na quarta, os sete integrantes do grupo de promotores discursaram, iniciando pelo deputado Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência.
“O presidente mostrou que acha estar acima da lei”, disse Schiff, que liderou a investigação contra Trump na Câmara.
Cada lado – acusação e defesa – tem direito a uma exposição oral de 24 horas, dividida em três dias, para tentar convencer os 100 senadores.
Nesse período, portanto, os senadores deverão apenas ouvir. Após as exposições, eles terão 16 horas para fazer perguntas por escrito e haverá uma nova votação para definir se testemunhas e provas poderão ser incluídas.
Os senadores estão tentando fechar um acordo para que a sessão de sábado, a primeira a ser usada para discursos da defesa, tenha início de manhã e seja encerrada no início da tarde. Isso só poderá acontecer se todos os senadores aprovarem a proposta de horário, mas aparentemente a ideia foi bem recebida no plenário.
Passos do julgamento
Acusação e defesa têm 24 horas cada — divididas ao longo de três dias — para apresentar os argumentos iniciais
Em seguida, os senadores — que atuam na prática como jurados do julgamento de impeachment — terão 16 horas para fazer perguntas por escrito
Haverá uma nova votação para definir se o Senado ouvirá ou não as testemunhas que não depuseram durante a fase de investigação na Câmara
Testemunhas e argumentos finais
Se testemunhas forem permitidas, elas poderão ser questionadas pelas duas partes. Depois de escutar esses depoimentos e avaliar mais provas, haverá um argumento final por parte dos promotores e da defesa.
Na terça-feira, todas as tentativas dos democratas de convocar testemunhas importantes ou obter documentos foram bloqueadas pela maioria republicana, que derrubaram 11 propostas de emendas, em uma sessão com 13 horas de duração.
Nesta quinta, no entanto, circularam rumores de que poderia haver uma negociação para troca de testemunhas: democratas concordariam com a convocação de Joe Biden e seu filho, Hunter, em troca do depoimento de funcionários e ex-assessores chave da Casa Branca, como o ex-conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton. Adam Schiff, porém, nega que isso vá acontecer.
Depois disso, o Senado vai optar por um debate sobre os artigos de impeachment, que pode ser a portas fechadas ou não.
Há 21 anos, quando Bill Clinton, então presidente dos EUA, enfrentou um processo de impeachment, cada senador falou por 15 minutos.
Por fim, haverá a votação. Para que Trump seja destituído, é preciso que uma maioria de dois terços vote para isso.
Acusações do processo de impeachment
As acusações contra Trump aprovadas pela Câmara são as seguintes:
Abuso de poder ao pedir investigação ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, contra a família de Joe Biden. Deputados consideraram a ação uma “interferência de um governo estrangeiro” em favor da reeleição de Trump em 2020;
Obstrução ao Congresso por impedir diversas pessoas ligadas à sua administração de prestar depoimento (inclusive algumas que tinham sido intimadas) e por se recusar a entregar documentos aos investigadores durante o inquérito.
Deputados democratas levam processo de impeachment contra Trump ao Senado dos EUA nesta quarta-feira (15)
Jonathan Ernst/Reuters
Um grupo de sete deputados — todos do Partido Democrata — atua como uma promotoria do caso. Os nomes foram definidos no mesmo dia em que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, autorizou o envio do processo ao Senado:
Deputado Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência
Deputado Jerry Nadler, presidente do Comitê Judiciário
Deputado Hakeem Jeffries
Deputado Jason Crow
Deputada Val Demings
Deputada Zoe Lofgren
Deputada Sylvia Garcia
Defesa
A equipe de defesa de Donald Trump chama as acusações contra o republicano de “afronta à Constituição”.
O texto entregue na segunda-feira ao Senado considera o procedimento “falho” e diz que o objetivo dos democratas “nunca foi buscar a verdade”. O documento pede que os senadores rejeitem o impeachment e aponta os quatro pontos abaixo como destaque:
As acusações falham, do ponto de vista jurídico, ao apontar as irregularidades passíveis de impeachment.
As acusações são resultado de um inquérito de impeachment que violou todo precedente e negou ao presidente o devido processo requerido pela Constituição.
A primeira acusação (de abuso de poder) é falho porque as provas refutam as alegações dos democratas.
Os artigos são estruturalmente deficientes e podem apenas resultar em absolvição.
Julgamento de Trump no Senado
Aparecido Gonçalves/G1

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