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Em um Senado controlado pelos republicanos (53 assentos de um total 100), a absolvição do 45º presidente dos Estados Unidos é quase certa. A menos de 300 dias da eleição presidencial, debates também são uma batalha pela opinião pública. O advogado pessoal de Trump, Sekulow, e o advogado da Casa Branca, Cipollone, chegam para votação do impeachment
Joshua Roberts/Reuters
Após a meticulosa alegação dos democratas no julgamento do processo de impeachment, os advogados de Donald Trump iniciaram suas alegações neste sábado (25), alertando contra a tentação de pôr em causa o veredicto das urnas “sem a menor prova”.
“Quando ouvirem os fatos (…), verão que o presidente não fez absolutamente nada de errado”, disse Pat Cipollone, advogado da Casa Branca, que falou ao Congresso durante a sessão excepcionalmente organizada num sábado.
Em um Senado controlado pelos republicanos (53 assentos de um total 100), a absolvição do 45º presidente dos Estados Unidos é quase certa. A menos de 300 dias da eleição presidencial, os debates também são uma batalha pela opinião pública.
A Câmara dos Deputados, liderada pelos democratas, aprovou o impeachment de Trump no mês passado por acusações de abuso de poder e obstrução do Congresso, estabelecendo o cenário para o julgamento no Senado, liderado pelos republicanos.
É esperado que Trump seja absolvido no Senado, onde uma maioria de dois terços dos votos é necessária para a condenação e remoção de um presidente do cargo. Nenhum senador republicano afirmou ser favorável à sua saída.
Diante de senadores impacientes para deixar Washington, especialmente os pré-candidatos democratas Bernie Sanders e Elizabeth Warren ansiosos para encontrar seus redutos de campanha em Iowa, Cipollone prometeu uma “sessão de duas ou três horas”.
Pat Cipollone, que lidera a equipe de defesa, disse aos senadores que eles estariam negando aos eleitores o direito de dar sua opinião sobre Trump nas eleições do dia 3 de novembro se eles o declararem culpado e o retirarem do cargo.
No terceiro processo de impeachment de um presidente na história dos EUA, os democratas argumentaram durante a semana que Trump deveria ser impedido por pressionar a Ucrânia a investigar irregularidades cometidas pelo vice-presidente Joe Biden, um dos principais pré-candidatos à Presidência dos EUA, e depois de tentar encobrir o feito, impedindo uma investigação do Congresso.
Ex-apresentador de um reality show e ávido telespectador, o próprio Donald Trump deu o tom no dia anterior: sábado é o “Vale da Morte” em termos de audiência, não há necessidade de perder tempo com argumentações longas, melhor manter a força para a próxima semana.
Assim como a acusação, os advogados do bilionário terão um total de 24 horas, distribuídas por três dias.
A apresentação deste sábado é mais como um “trailer”, nas palavras da defesa, antes do prato principal que constituirá a intervenção do famoso constitucionalista Alan Dershowitz, que foi, entre outros, advogado de O.J. Simpson e do financista Jeffrey Epstein.
“Rasgar as cédulas de voto”
Face aos senadores silenciosos, Pat Cipollone acusou os adversários políticos do presidente de tentarem organizar “a maior interferência eleitoral da história americana”.
“Eles pedem (a destituição do presidente) sem nenhuma prova (…) Pedem para você rasgar todas as cédulas de voto neste país”.
“Não podemos aceitar isso”, acrescentou, prometendo realizar a segunda parte deste julgamento histórico de maneira “eficiente e rápida”, para que todos os americanos possam se voltar à corrida eleitoral de 3 de novembro.
De acordo com uma pesquisa do Washington Post-ABC News, 47% dos americanos acreditam que Donald Trump deve ser forçado a deixar a Casa Branca, 49% acreditam no contrário. Quase dois terços dos questionados, no entanto, desejam ouvir outras testemunhas.
Segundo a acusação, Trump abusou de seu poder quando tentou pressionar a Ucrânia para interferir nas eleições de 2020 a seu favor, sugerindo ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que investigasse os negócios do filho de Joe Biden.
O ex-vice de Barack Obama é um dos favoritos entre os pré-candidatos democratas às eleições presidenciais de novembro.
A congressista Val Demings disse que, por ordem do presidente, seis gabinetes do governo ignoraram 71 pedidos diferentes de informações, incluindo cinco citações, durante a fase de investigação conduzida pela Câmara de Representantes.
Já o congressista democrata Adam Schiff, promotor no processo em que os 100 senadores são jurados, encerrou sua alegação na quinta-feira dizendo com voz embargada que “não se pode confiar que este presidente faça o que é bom para o país”.
Após as alegações da acusação e da defesa, os dois partidos terão um total de 16 horas para responder às perguntas feitas por escrito pelos senadores.
Após essa fase, eles devem decidir por maioria simples se desejam continuar o processo chamando novas testemunhas, conforme exige a acusação.
Caso contrário, eles devem votar a culpabilidade do presidente. É necessária uma maioria de dois terços para destituí-lo, o que no momento parece improvável.

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