Paulo Teixeira (PT-SP) entrou com representação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nesta segunda-feira (8) pedindo a abertura de um processo disciplinar para demissão dos procuradores da Lava Jato, comandados por Deltan Dallagnol, pelos crimes que foram cometidos e que estão vindo à tona a partir do levantamento do sigilo das conversas da Vaza Jato, apreendidas pela Polícia Federal durante a Operação Spoofing.

“Os diálogos em questão indicam a prática de infrações disciplinares, violação aos princípios da administração pública e extrapolação dos deveres funcionais, sendo de rigor que se apure a ocorrência de lesão aos cofres públicos ou dilapidação do patrimônio nacional, bem como possível revelação de assunto de caráter sigiloso e prática de ato de improbidade administrativa, condutas que, a serem confirmadas, podem ensejar a sanção disciplinar de demissão, nos termos do art. 240, inciso V, da Lei Complementar 75/1993”, diz a representação assinada pelos advogados Marco Aurélio Carvalho, Carol Proner e Fernando Hideo Lacerda.

No diálogo transcrito no documento, datado de 1º de julho de 2017, duas semanas antes de Moro emitir a sentença de condenação de Lula no caso do tríplex do Guarujá, Dallagnol diz que “com a troca de PGR, soltura de Lures [Rodrigo Rocha Loures], retorno de Aécio ao Senado, e sentença de Moro contra Lula prestes a sair, já estão usando e vão reforçar imagem que vcs só perseguem o PT”.

Para Teixeira, “embora até o momento a íntegra do material apreendido na Operação Spoofing ainda não tenha sido disponibilizada, os documentos que se tornaram de conhecimento público são estarrecedores e justificam a necessidade de instauração de processo administrativo disciplinar para devida apuração dos fatos, sob pena de irreversível descrédito do Ministério Público Federal”.

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