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Manifestantes protestam contra o governo libanês em meio à pior crise econômica atravessada pelo país em décadas. Manifestante em Beirute, no Líbano, usa galho de árvore contra cerco policial, que revida com jatos d’água, durante protesto neste sábado (18)
Hassan Ammar/AP Photo
Confrontos entre forças de segurança e manifestantes perto do Parlamento do Líbano, na capital Beirute, dezenas de feridos neste sábado (18). A agência Associated Press fala em ao menos 150 feridos, enquanto a France Presse estima que 220 sofreram ferimentos.
Após uma breve pausa em dias de protestos, centenas de pessoas voltaram às ruas contra o governo libanês em meio a uma severa crise econômica no país (saiba mais sobre a tensão no Líbano no fim da reportagem).
Os confrontos deste sábado começaram quando manifestantes jogaram pedras, pedaços de metal, placas de trânsito e galhos de árvores contra os policiais, que tentavam impedir a entrada de manifestantes no Parlamento. As forças de segurança, então, responderam com gás lacrimogêneo, balas de borracha e canhões de água.
Manifestante joga um vaso em bloqueio policial perto do Parlamento do Líbano, em Beirute, neste sábado (18)
Hassan Ammar/AP Photo
Em meio à confusão, as Forças de Segurança Interna do Líbano pediram que todos os manifestantes deixassem imediatamente a região onde ocorriam os conflitos. Segundo as autoridades, alguns policiais precisaram ser levados a hospitais — alguns, segundo o governo, foram atacados dentro das unidades de saúde.
“Os que estiveram causando tumultos serão perseguidos, presos e levados ao Judiciário”, disseram as Forças de Segurança pelo Twitter.
Protesto neste sábado (18) em Beirute, no Líbano, tem confrontos entre manifestantes e forças de segurança. Fumaça de bombas de gás lacrimogêneo cobriram as ruas próximas ao Parlamento
Hassan Ammar/AP Photo
Diante da situação, o presidente do Líbano, Michel Aoun, ordenou que o exército do país e comandantes da segurança restaurassem a calma. Veja no vídeo abaixo.
Protestos em Beirute: presidente do Líbano convoca Exército para manter a calma
Agressões da polícia e prisões nos últimos dias deixaram grupos de direitos humanos alarmados e fizeram ativistas temerem que as autoridades tomassem medidas ainda mais violentas para reprimir os protestos.
Crise no Líbano
Tenda é incendiada em protesto em Beirute, no Líbano, neste sábado (18)
Hussein Malla/AP Photo
Há três meses, o Líbano passa por protestos contra a elite política que governa o país desde a guerra civil (1975-1990). Os manifestantes culpam os políticos pela corrupção e incompetência em um país que acumulou uma das maiores dívidas do mundo, em termos proporcionais — US$ 87 bilhão, o que dá mais de 150% do PIB libanês.
“Não vamos pagar a conta”, gritavam os manifestantes neste sábado.
Primeiro-ministro do Líbano deixa o cargo
As manifestações derrubaram o primeiro-ministro Saad Hariri em outubro, e todo o gabinete de governo também deixou o cargo (relembre no vídeo acima). Porém, o impasse na sucessão governamental e a continuidade da crise mantiveram os manifestantes nas ruas.
RELEMBRE: Manifestantes cantam ‘Baby Shark’ para criança em protesto no Líbano
Mesmo fora do cargo, o ex-premiê vem criticando os protestos, que, segundo ele, “são uma ameaça à paz civil”.
“É uma cena insana, suspeita e que deve ser rejeitada”, tuitou.

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