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Senado julgará o presidente norte-americano, e sete deputados do Partido Democrata atuarão como promotores do caso. Donald Trump é acusado de abuso de poder, no caso do telefonema com o presidente da Ucrânia, e obstrução ao Congresso. Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados, na cerimônia de assinatura do envio dos artigos do impeachment ao Senado
AP/Susan Walsh
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos enviou nesta quarta-feira (15) o processo de impeachment contra o presidente Donald Trump ao Senado.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, assinou o documento que contém as duas acusações contra Trump — os chamados “artigos de impeachment”, que são:
Abuso de poder ao pedir investigação ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, contra a família de Joe Biden. Deputados consideraram a ação uma “interferência de um governo estrangeiro” em favor da reeleição de Trump em 2020;
Obstrução ao Congresso por impedir diversas pessoas ligadas à sua administração de prestar depoimento (inclusive algumas que tinham sido intimadas) e por se recusar a entregar documentos aos investigadores durante o inquérito.
Após a assinatura de Pelosi, as acusações foram levadas ao Senado. Lá, o líder da maioria, o senador Mitch McConnell, afirmou que a casa está “pronta para receber” os deputados designados como promotores. O recebimento oficial do documento só deve ocorrer nesta quinta-feira, em outra cerimônia, informou o republicano.
Nancy Pelosi assina documento com artigos de impeachment a ser entregue ao Senado
AP/Susan Walsh
Em breve discurso antes da assinatura das acusações contra Trump, Pelosi afirmou ser “muito triste e muito trágico” para os Estados Unidos “que as ações tomadas pelo presidente para comprometer a segurança nacional” tenha levado os deputados a entrar com o processo de impeachment.
“Então hoje faremos história quando atravessarmos o corredor [do Congresso]. Cruzaremos um marco na história ao entregar os artigos de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos por abuso de poder e obstrução à Câmara”, concluiu.
Próximos passos
Deputados democratas levam processo de impeachment contra Trump ao Senado dos EUA nesta quarta-feira (15)
Jonathan Ernst/Reuters
Com o recebimento no Senado, inicia-se a fase preparatória do julgamento decisivo, em que os senadores atuarão como um júri e um grupo de sete deputados, como promotores. Esse time de parlamentares da Câmara foi oficializado após votação nesta tarde.
ANÁLISE: O impeachment no campo de Trump
A resolução desta quarta que autorizou os procedimentos determinados pelos líderes do Partido Democrata passou por 228 votos a 193. A equipe de deputados que atuarão como promotores será liderada pelo presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff — um dos principais opositores de Trump. Veja no vídeo a seguir.
Câmara dos EUA aprova envio de inquérito do processo de impeachment de Trump ao Senado
Pelosi e essa comissão devem ir até o Senado por volta das 17h (horário local, 19h em Brasília) para entregar as acusações. Veja abaixo quem compõe a comissão.
Deputado Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência
Deputado Jerry Nadler, presidente do Comitê Judiciário
Deputado Hakeem Jeffries
Deputado Jason Crow
Deputada Val Demings
Deputada Zoe Lofgren
Deputada Sylvia Garcia
Novos documentos apareceram
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante comício em Ohio em 9 de janeiro
Jonathan Ernst/Reuters
Pelosi e os democratas querem que novas testemunha sejam ouvidas na tramitação do processo de impeachment no Senado –especialmente John Bolton, que foi assessor de segurança de Trump.
O Senado, no entanto, é dominado pelo Partido Republicano, o mesmo de Trump, e o líder Mitch McConnell já deu declarações em que afirmou que está alinhado com o governo.
Novos documentos, revelados pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15) favorecem os democratas. São mensagens, cartas e notas de Lev Parnas, um parceiro de Rudolph Giuliani, o advogado pessoal de Trump.

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