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Duas bases dos EUA no Iraque foram atingidas na madrugada desta quarta (8), em resposta a morte de general iraniano em ataque americano na semana passada. Imagem de vídeo da TV iraniana mostra suposto lançamento de mísseis do Irã sobre base militar americana em Al-Asad, no Iraque, na madrugada de quarta-feira (8)
AFP Photo/Islamic Republic of Iran Broadcasting
O Irã usou mísseis de tecnologia local e que foram disparados do solo para atacar uma das bases militares americana no Iraque na madrugada de quarta-feira (8), noite de terça no Brasil, de acordo com as agência de notícias iranianas Fars e Tasnim.
Foram empregados mísseis Fateh-313, de alcance de cerca de 500 quilômetros, para atingir o complexo de Ain Al-Asad. É um armamento relativamente novo: o Irã o anunciou em 22 de agosto de 2015.
TV do Irã divulga imagens do lançamento de mísseis contra base dos EUA no Iraque
Na época da apresentação, o governo do país afirmou que se tratava de uma versão mais moderna de um modelo anterior com uma melhora na precisão. Naquela ocasião, a TV estatal iraniana afirmou que o Fateh-313 tem uma vida útil mais longa que os mísseis de gerações anteriores. A família Fateh também é conhecida como Conqueror, segundo reportagem da época da agência Associated Press.
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, participou da demostração desse armamento. Na ocasião, ele afirmou que o poder militar é necessário para chegar à paz na região volátil do Oriente Médio.
Bases iraquianas sofrem ataques
Cida Gonçalves/G1
Evolução da tecnologia de armamento iraniana
No ano passado, mísseis do Irã foram usados para atacar uma instalação de óleo e gás na Arábia Saudita. A precisão das armas, na época, chamou a atenção dos analistas, que afirmam que a qualidade das armas iranianas aumentou nos últimos anos.
Em relatórios sobre a agressão ao complexo de óleo e gás, os especialistas em armas descreveram o ataque como uma espécie de aviso, por parte do Irã, de que ele tem um arsenal de mísseis de alta precisão, que foi desenvolvido em silêncio, de acordo com um texto do “Washington Post”.
Em conversa com o jornal, uma autoridade da Defesa dos EUA disse que os iranianos possuem uma linha de mísseis que têm precisão de dezenas de metros –alguns deles podem ter sua trajetória alterada já no ar.
De onde partiu
Eles foram disparados a partir do próprio Irã, em um ponto a menos de 40 quilômetros da fronteira com o Iraque, de acordo com a agência Tasnim.
Foram duas as bases atingidas: além de Ain Al-Asad, uma outra, em Erbil, também foi atacada.
Alvos são bases estratégicas
Al-Asad e Erbil, as duas bases no Iraque atingidas por mais de uma dúzia de mísseis iranianos na noite de terça-feira (7), são consideradas estratégicas para a operação militar dos EUA na região e para o combate ao grupo Estado Islâmico.
Os alvos foram bombardeadas pelo Irã para vingar a morte do general Qassem Soleimani, morto em um ataque aéreo americano na semana passada, em Bagdá. A ação iraniana cumpre a promessa de retaliação ao assassinato do comandante que culminou em uma escalada de tensão no Oriente Médio.
Segundo avaliação inicial dos EUA, os mísseis atingiram áreas da base que não eram ocupadas por americanos e não há vítimas do país. Um militar americano afirmou à CNN que as forças armadas foram previamente avisadas do ataque, e que as pessoas tiveram tempo de se abrigar em bunkers.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu fazer um pronunciamento, na manhã desta quarta-feira (8), sobre os ataques. Em uma rede social, poucas horas após a ação iraniana, o mandatário afirmou que “está tudo bem”.
A base de Al-Asad é a de maior importância estratégica para os EUA na região, e fica no Oeste do Iraque, na província de Anbar. Al-Asad está a cerca de 200 quilômetros de Bagdá, e começou a ser usada pelas forças americanas depois da invasão do Iraque pelos EUA, em 2003, que derrubou Saddam Hussein.
As tropas americanas chegaram a deixar a região gradativamente até uma saída definitiva, em 2011. Mas voltaram a pedido do Iraque, e também ficaram na base de Al-Asad durante o combate contra o Estado Islâmico, a partir de 2017.
Pelo menos 500 soldados e civis americanos chegaram a viver lá durante o período. Algumas tropas foram deslocadas no ano passado, mas muito soldados continuaram na base.
Foi de lá que saiu a operação que culminou na morte do terrorista Abu Bakr-al-Baghdadi, chefe do Estado Islâmico, em outubro de 2019. Durante o feriado de Ação de Graças, no ano passado, a base recebeu a visita do vice-presidente dos EUA Mike Pence.
Centro de operações especiais
A outra base atingida por mísseis iranianos fica na cidade de Erbil, ao norte do Iraque, a mais de 360 quilômetros da capital.
Ela é usada como um centro de operações especiais, e lá moram centenas de soldados e outros funcionários americanos.
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