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Parlamento Europeu pressiona governo britânico a estender o prazo para a saída do Reino Unido da União Europeia, mas o premiê Boris Johnson resiste à proposta. Homem com máscara protetora passa pelo Departamento de Emergência e do Centro de Tratamento Urgente do hospital Chelsea e Westminster, no centro de Londres, na segunda-feira (23)
Daniel Leal-Olivas / AFP
Com mais de 22 mil casos confirmados e 1,4 mil mortes, a pandemia do novo coronavírus se impôs no Reino Unido e deixou para trás o tema que mais mobilizou os britânicos no último ano — o divórcio com a União Europeia. O maior grupo político do Parlamento Europeu agora pressiona o governo para estender o prazo de transição do Brexit, que termina em 31 de dezembro: sem clima para negociações, ambas as partes têm outras prioridades.
Para que a data seja prorrogada por um ou dois anos, a decisão deve ser tomada até julho. Mas o premiê Boris Johnson, combalido pelo coronavírus — assim como seu principal negociador, David Frost — resiste à proposta de revisar o cronograma. Como sempre, ele insiste na saída da UE a qualquer preço.
O vírus abateu o ministro da Saúde e também David Cummings, o principal conselheiro do primeiro-ministro. Do lado europeu, o negociador para o Reino Unido, Michel Barnier. O país está paralisado, embora o premiê tenha relutado o quanto pôde para trancar a população em casa.
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que está afastado desde que que contraiu Covid-19, preside reunião de gabinete no sábado (28)
Andrew Parsons / 10 Downing Street / AFP
“A bola está claramente no campo britânico”, observou o eurodeputado David McAllister, que chefia o grupo de trabalho no Parlamento Europeu sobre o futuro relacionamento com o país.
O período de transição para o Brexit permite que o Reino Unido se mantenha na união aduaneira e no mercado único até o último dia deste ano. O país já não integra as instituições que promovem as decisões políticas da UE, continua a contribuir no orçamento do bloco. Se o prazo fosse prorrogado, tudo permaneceria no modo pausa enquanto britânicos e seus vizinhos europeus estivessem com o foco na recuperação de suas economias.
Dois terços dos entrevistados numa pesquisa de opinião recente defendem que o governo estenda o período de transição do Brexit para concentrar-se apenas nos reflexos da pandemia. Os governos da Escócia e do País de Gales endossam a proposta apresentada pelo Partido Popular Europeu, que agrupa as legendas da chanceler alemã Angela Merkel e do premiê irlandês Leo Varadkar.
A pandemia atropelou um calendário que já era apertado. Agora seria a hora de ambas as partes perseguirem um novo acordo comercial. Mas a emergência sanitária claramente relegou o Brexit a segundo plano. Tornou-se inviável, mesmo para o mais eurocético dos britânicos, lidar com duas prioridades num momento tão dramático.
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