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Kim Jong Un afirmou na terça-feira (31) que não cumprirá mais acordo “unilateral”, e que mundo vai testemunhar “uma nova arma estratégica”. Sul-coreanos assistem na estação ferroviária em Seul uma transmissão televisiva nesta segunda-feira (30) com fotos do líder norte-coreano Kim Jong-un
Jung Yeon-je / AFP
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, está “profundamente preocupado” com o anuncio do líder norte-coreano, Kim Jong Un, sobre uma possível retomada de testes nucleares e balísticos, disse um porta-voz da ONU nesta quarta-feira (1º).
“O secretário-geral torce muito para que os testes não sejam retomados”, disse o porta-voz Stephane Dujarric em comunicado. “A abordagem diplomática é o único caminho para uma paz sustentável”, disse Dujarric.
Na terça-feira (31), Kim Jong Un afirmou que “não há mais base para mantermos unilateralmente” o acordo de interromper os testes nucleares e o teste intercontinental de mísseis balísticos na coreia do Norte. O líder também declarou que “o mundo vai testemunhar uma nova arma estratégica” em um “futuro próximo”.
Os comentários de Kim foram feitos durante uma conferência de quatro dias em Pyongyang que terminou no dia 31. Na ocasião, o líder também criticou os Estados Unidos por continuarem seus exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e por fornecer ao Sul armas avançadas.
“Os Estados Unidos, longe de responder com as medidas apropriadas, realizaram dezenas de grandes e pequenos exercícios militares conjuntos, que seu presidente prometeu pessoalmente interromper”, afirmou Kim.
Segundo a agência estatal norte-coreana, Jong Un disse que o país não vai desistir de sua segurança em troca de benefícios econômicos. A agência afirmou em comunicado que o país “desenvolverá constantemente armas estratégicas necessárias para a segurança do Estado até que os EUA revertam sua política de hostilidade”.
O pronunciamento do líder vem após um impasse de meses entre Washington e Pyongyang envolvendo medidas de desarmamento e a remoção de sanções impostas à Coreia do Norte.
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Moderação
Em resposta à declaração de Jong Un, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou acreditar que o líder asiático honrará seus compromissos de desnuclearização.
“Assinamos um contrato falando sobre desnuclearização. Essa foi a principal palavra, ‘desnuclearização’, redigida em Singapura. Acho que ele é um homem de palavra”, declarou Trump à imprensa.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, também reagiu com moderação. “Esperamos que … o presidente Kim tome a decisão certa e escolha a paz e a prosperidade em vez de conflitos e guerras”, disse ele à Fox News.
O ministério da Coreia do Sul encarregado da Unificação da Coreias também se manifestou e disse que um teste estratégico de armas “não ajudará nas negociações sobre desnuclearização”.
Antecedentes
O anúncio de Kim desta quarta (1º) vai na contramão do que foi acordado em 2018, quando a Agência de Notícias Central Coreana afirmou que a Coreia do Norte não tinha mais necessidade de realizar testes nucleares e com mísseis balísticos intercontinentais (ICBM).
Antes de 2018, Coreia do Norte realizou seis testes nucleares e lançou mísseis balísticos capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos.

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