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Uma manifestação em forma de corrida teve a participação de 10 mil pessoas, e uma outra, de apoio ao primeiro-ministro, contou de 3 mil a 4 mil pessoas. Thanathorn Juangroongruangkit, líder do partido Futuro Adiante, durante a ‘corrida contra a ditadura’, em Bangcoc, no dia 12 de janeiro de 2020
Mladen Antonov / AFP
Milhares de pessoas na Tailândia participaram, neste domingo (12), em Bangcoc, de uma corrida “contra a ditadura”, na maior manifestação contra o regime desde o golpe de Estado de 2014 que levou o general Prayut Chan-O-Cha ao poder, atualmente à frente de um governo civil.
Segundo os organizadores, cerca de 10 mil pessoas, incluindo muitos jovens, se reuniram antes do amanhecer em um parque da cidade.
Eles gritaram palavras de ordem a favor da democracia e “fora Prayut”, enquanto faziam com três dedos da mão o sinal do Partido do Futuro, um dos principais da oposição.
“Você pode ver como é latente a raiva do povo, acho que essa é a primeira etapa de uma mudança geral na Tailândia”, declarou o milionário Thanathorn Juangroongruangkit, que lidera partido e que participou da “corrida contra a ditadura”.
“Nas eleições legislativas de março, seu partido se tornou a terceira força política do país, com mais de seis milhões de votos, principalmente dos jovens tailandeses preocupados com o papel do Exército na política.
Senado nomeado por militares
Prayut Chan-O-Cha, graças ao apoio de um Senado nomeado pelos militares, venceu as eleições, mas possui apenas uma pequena maioria parlamentar.
“A economia está em crise. Não há liberdades políticas” e a população “não suporta mais a ineficácia desse governo”, estimou Pannika Wanich, porta-voz do Partido Futuro Adiante (Future Forward), também presente na corrida.
Desde o golpe de Estado de 2014, nenhuma manifestação teve essa adesão, embora um protesto realizado em dezembro, convocado por Thanathorn Juangroongruangkit, tenha reunido milhares de pessoas.
Desde sua ascensão, o jovem líder carismático tem irritado os militares com seus pedidos para acabar com o serviço militar obrigatório e reduzir os orçamentos da Defesa.
Ele é alvo de ataques incessantes das autoridades judiciais, que abriram inúmeros processos contra ele. Neste contexto, foi destituído de seu mandato de deputado em novembro.
Além disso, seu partido, acusado de tentar derrubar a monarquia constitucional, pode ser dissolvido em 21 de janeiro, uma ameaça que, se materializada, deixará de fora do governo os 80 deputados do movimento.
Thanathorn Juangroongruangkit argumenta que as acusações contra ele e contra o Futuro respondem a motivos políticos.
Corrida oficialista
Paralelamente à corrida opositora, entre 3.000 e 4.000 apoiadores do governo participaram de uma marcha para defender o primeiro-ministro na manhã deste domingo (12).
Apoiadores do primeiro-ministro da Tailândia, Prayut Chan-o-cha, no dia 12 de janeiro de 2020
Mladen Antonov / AFP
“Amamos nosso país, amamos um governo que pode garantir a segurança”, disse Vasuchart, de 68 anos.
Quase um ano após as eleições legislativas, realizadas sob suspeitas de irregularidades, a Tailândia, que sofreu mais de uma dúzia de golpes de Estado desde a abolição da monarquia absoluta em 1932, permanece profundamente dividida.

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