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Com um recorde de abstenção de 53,5% a 56% no primeiro turno das eleições municipais, de acordo com o instituto de sondagem, a França registrou neste domingo (15) a menor taxa de participação na história do pleito. Em Paris, eleitor votou de luvas no primeiro turno das eleições municipais
Reuters/Gonzalo Fuentes
Com um recorde de abstenção de 53,5% a 56% no primeiro turno das eleições municipais, de acordo com o instituto de sondagem, a França registrou neste domingo (15) a menor taxa de participação na história do pleito.
A epidemia de coronavírus e as recomendações sanitárias afugentaram os eleitores das urnas. As seções eleitorais fecharam às 20h (16h em Brasília), em meio à polêmica sobre um eventual adiamento do segundo turno, previsto para o dia 22 de março.
A taxa de abstenção historicamente alta, quase 20 pontos acima do recorde anterior de 2014, quando chegou a 36,45%, revela que os franceses estão preocupados com a propagação da epidemia do Covid-19.
Candidatos e partidos reduziram os encontros públicos para acompanhar a apuração. O número de pessoas infectadas no país subiu para 5.400 casos e 120 mortos, de acordo com o balanço mais recente do ministro da Saúde, Olivier Véran.
O líder do partido de direita Os Republicanos, Christian Jacob, que pressionou o presidente Emmanuel Macron a manter a votação, caso contrário o chefe de Estado estaria cometendo “um golpe de estado e um golpe institucional”, testou positivo para o coronavírus.
De acordo com os primeiros resultados, o ministro do Orçamento, Gérard Darmanin, foi reeleito em Tourcoing (norte). O primeiro-ministro Édouard Philippe, que disputou a prefeitura do Havre, aparece na liderança com 43% dos votos e irá disputar o segundo turno com um adversário do Partido Comunista Francês, Jean-Paul Lecoq, que obteve 34%.
No partido de extrema-direita Reunião Nacional, o candidato David Rachine foi reeleito em Fréjus (sul), com 51,5% dos votos, de acordo com estimativas do instituto Ipsos/Sopra Steria.
Em Perpignan, também é o candidato de extrema direita Louis Alliot que chega em primeiro lugar, com 35,2% dos votos, seguido pelo candidato da direita, Jean-Marc Pujol (18,7%), e da candidata ecologista Agnès Langevine (14,6%).
Na eleição para a prefeitura de Paris, a disputa acontece entre três principais candidatas: a atual prefeita socialista, Anne Hidalgo, que busca a reeleição, a conservadora Rachida Dati, aliada do ex-presidente Nicolas Sarkozy, e a centrista Agnès Buzyn, ex-ministra da Saúde do presidente Emmanuel Macron. Os resultados em paris devem ser divulgados por volta de 21h (17h).