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Diego Guichard estava em Milão quando mortes começaram a ser noticiadas. ‘Vários trens na estação central tinham sido cancelados. Aumentou o número de pessoas com máscaras nas ruas’, disse. Na Itália, há 7 mortes e 190 infectados. ‘A gente vai pra Espanha até melhorar’, diz brasileiro que vive na Itália
Com o aumento no número de casos de infecção pelo Covid-19 na Itália, turistas brasileiros que estão no país estão preocupados. É o caso do jornalista de Porto Alegre Diego Guichard, há um mês na Itália. No fim de semana, ele a esposa estiveram em Milão para acompanhar a semana de moda. Após a notícia de novos casos, o clima na cidade mudou.
“Visitamos a Catedral de Milão, algumas pessoas estavam de máscara, mas nada demais. No domingo (23) mudou completamente. A gente viu que várias [pessoas] lotaram o supermercado de Milão para fazer estoque. Tinham várias ambulâncias pela rua, bem mais pessoas de máscara andando pelas ruas e trens. Alguns blogueiros e influencers estavam de máscara. Eles tiravam as máscaras para fazer as fotos.”
“A gente notou que a cidade ficou cada vez mais nervosa”, disse.
Mulher usa máscara em Milão, na Itália, no sábado (22).
Diego Guichard/Arquivo pessoal
Alguns dos eventos de moda da cidade foram cancelados – as marcas Giorgio Armani e Laura Biagiotti fizeram suas apresentações com portas fechadas e transmissão ao vivo.
Na Itália, 7 mortes foram confirmadas. O primeiro caso foi identificado em Codogno, perto de Milão, na sexta (20). O país tem 190 infectados pela doença.
A polícia faz pontos de controle em torno de 11 cidades do norte que estão em quarentena, em uma tentativa de controlar o vírus Covid-19.
Diego Guichar e a esposa Gabriela Loeblein em Milão.
Diego Guichard/Arquivo pessoal
O casal mora numa cidade pequena, ao norte, na região de Treviso, que não está em observação ainda. Com medo de que as fronteiras possam ser fechadas, Guichard e a esposa pretendem deixar o país.
“A gente vê na expressão das pessoas que está todo mundo nervoso, preocupado, e nós também estamos preocupado com esse surto, porque aumentou o numero de mortos. A nossa ideia é sair daqui. No fim de semana a gente vai pra Espanha até melhorar, vê se vai melhorar esse surto, passar. E depois não sei”, conta.
Segundo as autoridades italianas, são 43 locais onde há restrições à entrada e saída, e quem infringir a proibição poderá enfrentar penas que chegam a três meses de prisão.
Até o domingo (23), a polícia só vigiava os acessos e informava os motoristas qual era a situação. Mas novos decretos foram impostos, e as entradas e saídas foram proibidas –e devem ficar assim por 14 dias.
Passageiros se protegem do coronavírus nos trens na Itália.
Diego Guichard/Arquivo pessoal
Passageiros de ônibus em Milão usam máscaras enquanto uma ambulância é vista passando, no domingo (24).
Diego Guichard/Arquivo pessoal
Fronteiras
As autoridades italianas ainda não conseguiram identificar a origem do contágio. A epidemia já atinge mais de seis regiões no país.
A Áustria fechou temporariamente o tráfego nas fronteiras com a Itália.
Outros países vizinhos, como Eslovênia e Croácia, que são destinos populares para turistas italianos, convocaram reuniões de emergência. Não há nenhum caso registrado nesses países.
As autoridades da Itália cancelaram jogos de futebol e fecharam escolas. Apresentações teatrais e até mesmo o carnaval de Veneza foram cancelados. Ao mesmo tempo, o governo tenta explicar que a taxa de mortalidade do vírus é relativamente baixa, se comparada com as gripes sazonais.
O vice-ministro de Saúde do país, Pier Paolo Silveri, disse que a Itália faz um apelo à consciência cívica dos cidadãos para observar as medidas de contenção que foram impostas pelas próximas duas semanas no norte do país.

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