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Pesquisas de boca de urna atribuem ao Likud, de Netanyahu, entre 36 e 37 cadeiras. Com aliados da direita e dos partidos judeus ultraortodoxos, o Likud pode somar 59 cadeiras, ficando muito próximo das 61 de maioria parlamentar. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara falam a apoiadores na sede da campanha do partido Likud, na cidade de Tel Aviv
Gil Cohen-Magen / AFP Photo
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou nesta terça-feira (3) vitória nas eleições legislativas, cruciais para sua sobrevivência política.
“Lembro da nossa primeira vitória, em 1996, mas esta noite a vitória é maior ainda, porque foi contra todas as previsões”, disse o premier, encantado por frustrar os que previram “o fim da era Netanyahu” em Israel.
“É a vitória mais importante da minha vida”, afirmou Netanyahu a seus partidários, após três eleições em menos de um ano em Israel, tendo Benny Gantz como principal adversário.
“Chegou a hora de votar e formar um governo (…). Serei o primeiro-ministro de todos os israelenses, é hora de união”, disse o premier, cujo julgamento por corrupção, malversação e abuso de poder começará em duas semanas, em Jerusalém.
Na 3ª eleição em 1 ano, Netanyahu comemora vitória e fica mais perto de formar governo
Gantz admitiu que ficou decepcionado com os resultados obtidos por seu partido. “Compartilho os sentimentos de decepção e dor de vocês. Esperávamos um outro resultado”, declarou Gantz, líder do partido de centro Azul e Branco, para seu partidários em Tel-Aviv.
“Mas é preciso olhar o copo meio cheio. Criamos algo maravilhoso chamado Azul e Branco e continuaremos porque não desistiremos dos nossos valores”, disse Gantz, ex-chefe do Estado-Maior do Exército israelense.
As pesquisas de boca de urna atribuem ao Likud, de Netanyahu, entre 36 e 37 cadeiras, contra entre 32 e 34 para o partido de Gantz.
Com seus aliados da direita radical e dos partidos judeus ultraortodoxos, o Likud pode somar 59 cadeiras, ficando muito próximo das 61 de maioria parlamentar.
Com a votação, buscava-se o fim da crise política mais importante do Estado hebreu após as votações de abril e setembro de 2019, em que o Likud, de Netanyahu, e o Azul e Branco, de Gantz, ficaram muito igualados.
Desde as últimas eleições o país registrou uma mudança importante: a acusação contra Netanyahu (70 anos), que se tornou em novembro o primeiro chefe de Governo na história de Israel a ser indiciado, concretamente por corrupção, fraude e abuso de confiança.
Voto árabe
Netanyahu tem o apoio dos partidos judaicos ultraortodoxos Shas, que capta boa parte dos votos sefardis (judeus orientais), Judaísmo Unido da Torá, dirigido principalmente aos ortodoxos ashkenazis (do leste da Europa) e da lista Yamina (direita radical), do atual ministro da Defesa Naftali Bennett.
O “Azul e Branco” tem o apoio dos partidos de esquerda que se uniram em apenas uma lista e poderia, talvez, receber o respaldo pontual da “Lista Unida” dos partidos árabes israelenses, que surpreenderam em setembro com o terceiro lugar, com 13 lugares, uma façanha eleitoral que pretendem superar agora.
“Dessa vez esperamos conseguir 16 (cadeiras)”, disse Ayman Odeh, à frente da Lista Unida.
A “Lista Unida” tenta colher os frutos da frustração entre a minoria árabe israelense (20% da população) com o plano apresentado pelos Estados Unidos para solucionar o conflito israelense-palestino, um projeto aplaudido por Israel e rejeitado pelos palestinos.
Neste contexto, o partido Israel Beitenu, que não simpatiza com nenhum dos grandes blocos, pode ser o fiel da balança. Seu líder Avigdor Lieberman é um nacionalista laico hostil aos partidos árabes e judeus ortodoxos.
O plano do presidente Donald Trump prevê a conversão de Jerusalém na capital “indivisível” de Israel e a transferência do controle de uma dezena de vilarejos e localidades árabes israelenses a um futuro Estado palestino.
Netanyahu centrou a campanha no plano de Trump, prometendo a rápida anexação do vale do Jordão e de colônias israelenses na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel em 1967, como contempla o projeto americano.
Gantz, que também apoiou o projeto americano, baseou a campanha nos problemas judiciais do primeiro-ministro, que já governou o país durante 14 anos, os 10 últimos sem interrupção.

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