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Diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu que só sejam levadas em conta evidências trazidas pelos especialistas ‘certos’. Na quarta-feira (19), um representante da organização afirmou que vírus não é uma arma biológica; declaração conjunta feita por 27 pesquisadores também desconsiderou a hipótese. Guarda usa máscara para se proteger do novo coronavírus em um checkpoint em Pequim, na China, nesta quinta-feira (20). A OMS descartou a possibilidade de o vírus ser uma arma biológica.
Greg Baker / AFP
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltou a alertar, nesta quinta-feira (19), contra informações falsas sobre o novo coronavírus, que causa a Covid-19. O vírus já matou mais de 2 mil pessoas só na China.
“Sobre a fonte do vírus, há muitas especulações. Mas a OMS realmente evita isso. Nos acreditamos em nos ater à ciência e à evidência”, declarou.
“Mas uma coisa que eu gostaria de dizer, e que eu já disse antes: há muita informação errada, teoria da conspiração, e temos que ser cautelosos”, alertou. “Não deveríamos acreditar em nada até que esteja provado pela ciência e por evidências, até termos isso dos especialistas certos”.
Na quarta-feira (19), o diretor regional de emergências da OMS para o Mediterrâneo Oriental, Richard Brennan, disse em uma coletiva de imprensa no Cairo que a entidade não acredita que o vírus seja uma arma biológica. No mesmo dia, 27 cientistas publicaram um comunicado em que também descartam essa possibilidade. (Veja mais abaixo nesta reportagem).
O diretor regional de emergências da OMS para o Mediterrâneo Oriental, Richard Brennan, durante coletiva de imprensa no Cairo na quarta-feira (19)
Mohamed el-Shahed / AFP
“Nós acreditamos que é uma zoonose; não acreditamos que esteja sendo fabricado em nenhum laboratório, em lugar nenhum. Esse é um dos rumores que precisamos desmentir muito, muito cedo”, declarou Brennan.
Ele também afirmou ter havido um “tremendo progresso” no combate à doença causada pelo coronavírus, e lembrou que a quantidade de casos confirmados fora da província de Hubei, na China, onde começou o surto, vinha caindo por 15 dias seguidos até a quarta-feira.
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G1
“Mesmo assim, a epidemia não atingiu seu ponto de virada e não podemos ser complacentes”, disse Brennan, acrescentando que, como a epidemia foi causada por um novo vírus, a situação está mudando rapidamente.
No dia 7 de fevereiro, a OMS já havia pedido cautela com a notícia da diminuição na quantidade de novos infectados pelo vírus.
‘Teorias da conspiração’
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Desde os primeiros registros, no dia 31 de dezembro, de Covid-19 – como foi batizada a doença causada pelo novo coronavírus –, começaram a aparecer sugestões de que o vírus poderia ser uma arma biológica construída em laboratório.
Essa hipótese ganhou força com a publicação de uma pesquisa feita por cientistas de três universidades chinesas. De acordo com o resumo do estudo, o vírus teria surgido em laboratórios que fazem pesquisas sobre o coronavírus em morcegos; um deles fica a “apenas 280 metros” do mercado de frutos do mar em que o novo coronavírus apareceu pela primeira vez, diz o texto.
A íntegra do artigo, que foi publicado no site “ResearchGate”, parece ter sido retirada do ar desde então.
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Uma declaração conjunta de 27 cientistas ao redor do mundo, publicada na revista “The Lancet” na quarta (19), refutou a possibilidade de uma arma biológica, e afirmou que essa possibilidade era uma teoria da conspiração.
“O compartilhamento rápido, aberto e transparente de dados sobre esse surto agora está sendo ameaçado por rumores e informações erradas sobre suas origens. Estamos unidos para condenar fortemente as teorias da conspiração sugerindo que o Covid-19 não tem uma origem natural”, escreveram os especialistas.
“Cientistas de vários países publicaram e analisaram genomas do agente causador, o coronavírus 2 (da síndrome respiratória aguda grave, Sars) e concluíram de forma robusta que esse coronavírus se originou na vida selvagem”, continuou o comunicado.
“As teorias da conspiração não fazem nada além de criar medo, rumores e preconceitos que comprometem nossa colaboração global na luta contra esse vírus”, diz ainda o texto.
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