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Estima-se que 114 pessoas tenham ficado feridas nos confrontos. Manifestantes protestam contra corrupção e má administração que levaram à pior crise econômica no país em décadas. Manifestante cruza jato d’água lançado por policiais para dispersar protesto em Beirute, no Líbano, neste domingo (19)
Hassan Ammar/AP Photo
Novas cenas de violência tomaram as ruas do centro de Beirute, capital do Líbano, neste domingo (19), quando forças de segurança e manifestantes contrários ao governo voltaram a entrar em confronto nos protestos em frente ao Parlamento libanês.
De acordo com a Cruz Vermelha e a Defesa Civil do Líbano, ao menos 114 pessoas ficaram feridas nos confrontos. Desses, 47 precisaram de atendimento em hospital. A maioria dos ferimentos, testemunharam repórteres da Associated Press, tinham marcas de balas de borracha.
Manifestante lança chamas a partir de spray contra policiais que cercam o Parlamento do Líbano, em Beirute, neste domingo (19)
Hassan Ammar/AP Photo
Policial dispara tiro de bala de borracha para dispersar manifestantes em Beirute, no Líbano, neste domingo (19)
Hassan Ammar/AP Photo
O tumulto se intensificou quando alguns manifestantes atiraram pedras e outros objetos contra os policiais. Segundo a agência AP, um grupo chegou a lançar chamas a partir de latas de aerosol. Em seguida, as forças de segurança responderam com bombas de gás lacrimogêneo, canhões de água e tiros com balas de borracha.
Em meio à confusão, um batalhão militar se deslocou até o centro de Beirute, o que interrompeu momentaneamente os confrontos. A chegada dos militares até levou os manifestantes a comemorarem o fim temporário do conflito, mas minutos depois os soldados deixaram a área — e os embates entre policiais e ativistas foram retomados.
Manifestações no Líbano
Manifestante anti-governo pula barreira montada em frente ao Parlamento do Líbano, em Beirute, neste domingo (19)
Hassan Ammar/AP Photo
Os protestos deste domingo em Beirute repetiram as cenas de violência vistas no sábado, quando o número de feridos chegou a 377, segundo números da Defesa Civil e da Cruz Vermelha libanesas revisados nas horas seguintes às manifestações (veja mais no vídeo abaixo).
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Segundo advogados que defendem manifestantes, 43 ativistas foram detidos no sábado — dois deles, menores de idade. Os defensores alegam que os detidos sofreram agressões quando já estavam em custódia, informa a agência AP.
Manifestações pelo Líbano começaram em outubro de 2019, com o acirramento da crise econômica no país. O primeiro-ministro Saad Hariri se viu obrigado a renunciar no fim daquele mês, e o premiê nomeado para formar o novo governo, Hassan Diab, não conseguiu nomear um gabinete que pusesse fim à crise.
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Manifestante atira pedra contra policiais em protesto no centro de Beirute, Líbano, neste domingo (19)
Hassan Ammar/AP Photo
Os protestos, então, tornaram-se símbolo de um descontentamento generalizado contra a classe política no Líbano, que está no poder desde o fim da Guerra Civil, em 1990. Manifestantes acusam a corrupção no governo e a má gestão de terem causado a crise econômica – a dívida libanesa acumulou em US$ 87 bilhões, o que representa mais de 150% do PIB libanês.
Em entrevista à Associated Press, um manifestante pediu um novo governo. “Não aceitamos este governo, do jeito que está sendo formado”, disse.
“Eles estão usando um método antigo para formar o governo. É inaceitável”, completou.

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