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Pesquisas indicam que impasse político entre Netanyahu e Gantz se mantém. Dúvida é se o medo do coronavírus afugentará os eleitores das urnas. Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e sua esposa, Sara, votaram nas eleições legislativas de Israel em Jerusalém, nesta segunda-feira (2)
Atef Safadi / AP
Israelenses retornam às urnas pela terceira vez em um ano com a incômoda sensação de que em breve haverá outro repeteco eleitoral. As pesquisas eleitorais mostram que pouco mudou desde setembro: o Likud, do premiê Benjamin Netanyahu, e o Azul e Branco, do general Benny Gantz, se mantêm empatados, sem a maioria dos 61 assentos necessários no Parlamento para assegurar um novo governo.
Mas há novos fatores desde a última eleição, em setembro. O mais recente é o pânico sobre o coronavírus, que infectou dez pessoas e pôs mais de cinco mil em quarentena. O risco de epidemia levou o governo a restringir viagens a países infectados e israelenses a estocar alimentos.
O controverso plano de paz no Oriente Médio, apresentado no fim de janeiro por Trump e Netanyahu, como o “acordo do século” por Trump e Netanyahu, pouco mudou a tendência do voto. Mostra-se irrelevante para tirar o país do impasse político, segundo indicam as pesquisas, embora a proposta essencialmente beneficie Israel em detrimento dos palestinos.
O terceiro voto ocorre ainda sob a sombra do julgamento do primeiro-ministro, no dia 17, acusado em três processos por suborno, fraude e quebra de confiança. Netanyahu precisa do cargo para pleitear o foro privilegiado. Gantz, por sua vez, até cogita a possibilidade de formar um governo de unidade com o Likud, mas desde que o atual premiê, há dez anos no cargo, deixe a liderança do partido.
O premiê acusa seu adversário, ex-comandante militar do país, de fraco. Ganz rebate, qualificando Netanyahu de mafioso. Tudo isso é mais do mesmo para os eleitores israelenses. Mas não para os partidos árabes, que aproveitam para consolidar, por meio da coalizão Lista Conjunta, sua posição como terceira força política do país.
A cada votação, a coalizão árabe vem incrementando sua participação no Knesset (o Parlamento israelense). Em setembro, obteve 13 cadeiras, tornando-se também a chave para impedir a formação de um novo governo em Israel. Partidos que apoiariam o bloco liderado por Gantz, como o Israel Nossa Casa, de Avigdor Lieberman, recusaram-se a integrar um governo com a participação da Lista Conjunta.
O maior mistério desta eleição não diz respeito aos protagonistas ou ao desgaste político, mas ao impacto do novo coronavírus sobre os eleitores. O risco da epidemia mobilizou a campanha nos últimos dez dias e ameaçou afugentar os israelenses das urnas. Gantz acusou o primeiro-ministro de espalhar informações falsas sobre a doença para reduzir a participação.
O governo, contudo, se apressou a montar 16 sessões de voto especiais para atender os que estão isolados, com mesários munidos de máscaras, aventais e luvas. Como resumiu ao “The Times of Israel” um dos eleitores que deixou a quarentena para votar, a chance de ter a pessoa errada na liderança do país ainda é pior do que o coronavírus.
Israelenses votam para escolher novo governo

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