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John Bolton, um ex-conselheiro de segurança de Donald Trump, escreveu um livro em que descreve que o presidente dos EUA pressionou os ucranianos e exigiu contrapartida por um auxílio financeiro, um dos motivos que levaram ao impeachment. O conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, John Bolton, fala a jornalistas durante visita a Londres, em agosto de 2019
Reuters/Peter Nicholls
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em agosto de 2019 a um então aliado de primeiro escalão que queria congelar o auxílio de segurança à Ucrânia até que as autoridades do país europeu ajudassem nas investigações de democratas, incluindo o ex-vice-presidente Joe Biden, informou o “The New York Times” no domingo (26).
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A declaração de Trump foi descrita em um manuscrito não divulgado pelo ex-assessor de segurança nacional da Casa Branca John Bolton, disse o jornal, em reportagem que pode aumentar a pressão sobre os republicanos para convocar Bolton como testemunha no julgamento de impeachment de Trump que acontece no Senado.
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A reportagem não citou diretamente o manuscrito, mas pessoas que descrevem o relato de Bolton. Ela pode minar um elemento-chave da defesa de Trump: que não houve contrapartida quando ele pediu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante um telefonema em julho, para investigar Biden e seu filho Hunter Biden.
Biden é um dos principais candidatos à nomeação democrata para enfrentar Trump nas eleições de 3 de novembro deste ano. Seu filho trabalhou para uma empresa de energia ucraniana enquanto Biden era vice-presidente.
Em um comunicado, um advogado de Bolton sugeriu que a descrição do “The New York Times” é precisa e disse que havia submetido o manuscrito de Bolton ao Conselho de Segurança Nacional em 30 de dezembro — uma revisão de segurança padrão para informações confidenciais.
“Está claro, lamentavelmente, com a reportagem do ‘The New York Times’ publicada hoje (domingo), que o processo de revisão de pré-publicação foi corrompido e que as informações foram divulgadas por pessoas que não estavam envolvidas na revisão do manuscrito”, disse o advogado Charles Cooper.
A reportagem gerou demandas de democratas para a convocação de Bolton como testemunha pelo Senado, que está conduzindo um julgamento sobre a destituição de Trump do cargo após aprovação de impeachment em 18 de dezembro pela Câmara dos Deputados. O Senado é controlado pelos republicanos.
Os democratas precisam conquistar pelo menos quatro republicanos do Senado para aprovar a convocação de testemunhas. Bolton disse neste mês que estava disposto a depor no julgamento se uma intimação do Senado fosse emitida.
De acordo com a programação no Senado, os advogados de Trump irão, nesta segunda-feira (27), retomar sua defesa no julgamento de impeachment decorrente das negociações do presidente com a Ucrânia. Uma votação final sobre a convocação de testemunhas pode ocorrer mais para o final da semana.
Trump nega irregularidades e considera o processo de impeachment uma farsa.

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