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Entenda por que o vazamento da nova ameaça russa sobre as eleições irritaram o presidente e o levaram a nomear um amigo para comandar as 17 agências de inteligência do país. Presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, encontram-se em Helsinque, na Finlândia, em julho de 2018
Kevin Lamarque/ Reuters
Autoridades da Inteligência americana alertam, num relato confidencial a membros do Congresso, que a Rússia tenta interferir nas eleições de novembro em favor da reeleição de Donald Trump. Ao saber da reunião, presidente se irrita e demite o Diretor interino de Inteligência Nacional, Joseph Maguire. Nomeia para o cargo um amigo e fiel escudeiro, o embaixador da Alemanha, Richard Grenell, sem a qualificação necessária para comandar as 17 agências que integram o departamento.
Estão formadas as condições para uma nova batalha entre Trump e as agências de inteligência do país, que ofuscaram boa parte de sua Presidência ao investigarem o conluio entre a campanha de 2016 e a Rússia.
Aos poucos, Trump afasta os que trabalharam na investigação do promotor especial Robert Mueller, substituindo veteranos qualificados por amigos sem experiência.
O presidente encarou como uma deslealdade pessoal a Comissão de Inteligência da Câmara receber um relato sobre a segurança das eleições de 2020. Note-se que a comissão é chefiada por Adam Schiff, o congressista que atuou também como promotor no julgamento do impeachment do presidente — daí a explosão de fúria de Trump contra Maguire.
Pela lógica do atual comandante da Casa Branca, a nova ameaça de interferência nas eleições americanas deveria ter o rótulo permanente da confidencialidade e não poderia ter vazado à Câmara de maioria democrata. O mandato presidencial se caracterizou, sobretudo, pela pressão política a agências de inteligência, que, pela sua constituição, deveriam ser apartidárias.
Grenell é um defensor público de Trump e, como embaixador na Alemanha, usou suas credenciais para interferir em assuntos internos. Criticou a política da chanceler Angela Merkel para refugiados, espalhou, falsamente, que ela teria se referido, numa entrevista, aos EUA como rivais da Alemanha.
Da mesma forma que Maguire, como diretor interino, Grenell não terá que se submeter à aprovação pelo Senado. Trata-se de mais uma manobra de Trump para emplacar os amigos para defender seus interesses e, ao mesmo tempo, escapar da resistência do Congresso.

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